O MMA feminino segue em constante evolução no Brasil e no mundo, e novas estrelas vão se revelando. Nome de respeito no Jiu-Jitsu internacional, Michelle Nicolini começa a trilhar o mesmo caminho de sucesso com as luvinhas. A paulista chegou à sua segunda vitória na carreira profissional ao derrotar por finalização a inglesa Lanchana Green no M4tC 13, disputado no último sábado, 22 de fevereiro, na Inglaterra.
A vitória veio como na primeira vez: uma chave de braço no primeiro assalto. Se na estreia o xeque-mate veio a 2min36s, desta vez Michelle finalizou em 2min27s de luta.
Dividida entre os treinamentos de pano e de MMA, Michelle comentou sobre o processo de transição que vem fazendo nos últimos anos. Atual campeã da categoria 60kg do ADCC de Pequim, disputado em 2013, ela pretende se decidir sobre qual modalidade abraçar na atual temporada.
“Demorei algum tempo para conseguir fazer a transição para o MMA, porque sonhava vencer o ADCC. Após ter realizado esse sonho na China, acho que é uma boa hora para encontrar novos desafios na minha carreira. Ainda vou lutar com certeza o WPJJC em Abu Dhabi e o Mundial da IBJJF na Califórnia. Depois disso, vou decidir no segundo semestre em qual modalidade vou lutar mais”.
Enquanto programa seu futuro em 2014, a atleta da Checkmat falou sobre os convites que vem recebendo para lutar MMA e uma eventual entrada no UFC.
“Recebi hoje um convite para lutar MMA no dia 30 de março, em São Paulo. Está um pouco em cima, mas como não me machuquei nem me desgastei muito, estou considerando aceitar, assim aproveito o treinamento que fiz. Só que não tem nada confirmado. Sobre o UFC, gosto de treinar, aprender novas técnicas e crescer, então por que não sonhar em chegar ao maior evento do mundo?”, declarou.
Atualmente na terceira colocação no ranking mundial do Jiu-Jitsu, Michelle Nicolini não teme perder posições nem liga tanto para estar entre as três melhores lutadoras do mundo.
“Acho legal estar lá no ranking, mas isso começou agora, e na verdade não muda nada para mim. Não dou mais ou menos seminários por isso. Até porque não tenho como lutar tantos campeonatos por ano para estar entre as primeiras sempre. Já não lutei o Europeu este ano, não vou ao Pan, então devo pontuar somente no Mundial. Não posso ter mais essa pressão de pensar no ranking, entende?”, concluiu.