O baiano Rogério Minotouro vem embalado numa sequência de seis triunfos – não perde desde 2007. Melhor ainda, o lutador de 33 anos estreou de forma exemplar no UFC, com nocaute sobre a pedreira Luiz Banha. Ainda nos Estados Unidos, Minotouro (18v, 3d) ligou para o GRACIEMAG.com às três da matina. Perdemos essa, mas corremos atrás e conversamos com a fera. Na pauta principal, a possível luta contra Forrest Griffin, que também venceu no dia 21. Confira:
Não imaginava que fosse nocautear em hipótese nenhuma” Rogério Minotouro
Você conseguiu um belo nocaute contra o Banha. Antes do combate, seu treinador de muay thai Luiz Alves comentou que a trocação foi muito trabalhada…
Realmente vinha treinando muito as situações de trocação com muito boxe. Foquei muito nisso e recebi até algumas críticas, o pessoal falando que estava treinando mais boxe que os outros fundamentos. Não imaginava que fosse nocautear em hipótese nenhuma, mas tinha a impressão que a luta seria em pé. Fui respeitando, até porque acho o Banha um atleta duríssimo, um cara que tem muita vontade e bate muito forte. Sabia que ele era perigoso nisso, por isso trabalhei tanto a trocação – para fazer frente.
Acha que o público e promotores se impressionaram?
Para mim foi um resultado excelente e venci da melhor forma possível. Foi bom porque estreei contra um adversário de nome e gosto de fazer lutas contra grandes adversários, isso dá mais motivação no treinamento. Como era minha estréia no Ultimate, sinto que ocorreu da melhor maneira possível. Era um evento que eu queria entrar faz tempo, e hoje é a principal promoção do mundo, é onde estão os melhores lutadores e onde encontrarei os maiores desafios da carreira.
Você teve uma boa participação no Pride, outrora o maior evento do mundo. Sente-se hoje ainda mais maduro a ponto de fazer história no UFC?
Vejo minha carreira melhor agora. Hoje, com certeza sou um cara mais maduro, objetivo, treino mais e tenho responsabilidades maiores. Atualmente tenho uma equipe, e isso aumenta o compromisso com todos, e me faz treinar mais. Quero treinar não apenas para as minhas lutas, mas para ajudar os companheiros e meu irmão. Tenho treinado muito com o Rodrigo e melhorado meu Jiu-Jitsu. Meu wrestling também melhorou muito, era uma falha que eu tinha, e estou conseguindo consertar isso. A parte de boxe nem se fala. Ainda mais depois que passei a treinar com o Luiz Alves (muay thai) e com o Dórea (boxe) e ter como sparrings o Cigano, Feijão, sem falar no Rodrigo… Ou seja, tenho o que preciso para o UFC.
Muita gente já pede uma luta sua contra o Forrest Griffin, que derrotou Tito Ortiz na mesma noite da sua estreia. O que acha?
Seria uma luta boa. Forrest é um cara agressivo, que luta em pé, e eu gosto disso. Ele também tem um excelente Jiu-Jitsu e um gás absurdo. Seria uma luta muito boa.
Como foi o tratamento na nova casa?
Foi só alegria. Fui muito bem recebido pelo pessoal do evento. O tempo todo o Dana White dizia: “Seja bem vindo à sua nova casa’. Me senti muito confortável com o tratamento que recebi. Todos os funcionários me davam boas vindas e diziam que aguardavam por mim. Como o Rodrigo faz um bom trabalho e tem um ótimo relacionamento com todo mundo lá, senti que as portas já estavam abertas.
Como você avalia sua categoria dos meio-pesados (até 94kg), que conta com pedreiras como Lyoto, Tito, Shogun, Rashad e Thiago Silva, entre tantos outros?
É a categoria mais dura. Vai ser muito bom e vou me divertir. Vamos brigar!