GRACIEMAG.com está de olho em quem vem mandando bem no MMA brasileiro, eventos que vêm apresentando bons combates e atletas que têm tudo para brilhar nas principais organizações internacionais. Na última edição do Shooto Brasil, em Brasília, não faltaram boas lutas e lutadores que ainda devem dar caldo mundo a fora.
Ronys Torres (16v-4d), por exemplo, já esteve no octagon do UFC. Depois da pior fase da carreira, em que amargou três derrotas seguidas, a fera do Amazonas vem numa série de dois bons triunfos, duas finalizações no primeiro round, usando o seu forte Jiu-Jitsu.
“Vivo da luta e tenho que estar trabalhando. Às vezes, a vida é como uma roda gigante, estamos por cima e depois por baixo. Mas Deus sabe o que faz. Já tenho propostas para lutar no exterior, mas nada 100% ainda. Enquanto isso, gosto muito de lutar aqui no Brasil, gosto dessa energia. Já tenho pelo menos dois desafios marcados, um no dia 29 de abril, no IFC, e em 6 de maio, em Manaus. Estou gostando de voltar à rotina e lutar bastante”, comenta Ronys, que em 2007 fez sete lutas em um ano, e cinco em 2008.
Outro experiente lutador que dá o ar da graça nos ringues e cages brasileiros é Johnny Eduardo (25v-8d). O pupilo do falecido treinador Luiz Alves é conhecido como um dos grandes strikers brasileiros, mas na última luta no Shooto, contra Jose Wilson, mostrou que está com o Jiu-Jitsu afiado. Controlou as ações no chão e tratou de finalizar com um mata-leão. “Isso aqui não é muay thai, é MMA. Por isso esse esporte é uma caixinha de surpresas”, simplifica, numa análise perfeita. Johnny também tem experiência internacional, tendo combatido no Japão e vencido na única apresentação pelo americano Bellator. Merece chance fora, garantia de trabalho aos oponentes.
Eles têm o cinturão
Ainda no evento de Brasília, três atletas garantiram o cinturão sul-americano do Shooto e figuram entre as grandes revelações e destaques do MMA nacional. Hacran Dias (18v-1d-1e), primo do ex-campeão do Sengoku Marlon Sandro, vem numa série de seis triunfos. Falta uma vitória internacional para decolar de vez. Nas duas chances que teve fora do país, empatou e foi derrotado. No currículo, o campeão 70kg possui vitórias sobre Willamy Chiquerim, Alex Cobra, Rodrigo Ruiz e Marcos Babuíno, todos com bastante experiência.
No peso 83kg, Carlos Índio (22v-9d) também carrega experiência. O detentor do cinturão nocauteou rapidamente Julio Beba na disputa de título. Com a mão pesada, conta com 13 nocautes a favor. Mas também sabe chão, com quatro finalizações.
Jovem e promissor, Ronny Marques (10v-1d) aponta para um futuro brilhante, com cinco nocautes e quatro finalizações a seu favor. Campeão sul-americano do Shooto, deve em breve brilhar na carreira internacional. E o próximo desafio vai ser um teste de fogo, contra Paulo Filho, em Recife.
Coincidentemente, ou não, todos os atletas citados pertencem à equipe Nova União.
Vem mais Shooto em Brasília
Depois do sucesso da segunda edição do evento no Distrito Federal, produzido em parceria de André Pederneiras e Edinho Bittencourt, outras duas são aguardadas na cidade para esta temporada. A próxima, provavelmente, em agosto e outra mais no final do ano.