O veterano faixa-preta Gabriel Moraes não vencia o Mundial de Jiu-Jitsu desde 2004. Com o título de 2013, tornou-se o faixa-preta com as medalhas de ouro mais espaçadas da história dos Mundiais. (Antes dele, o dono da marca era outro Gabriel, o Vella, que venceu em 2002 e 2009).
Contudo, o amazonense da CheckMat não provou sua persistência por esse intervalo de nove anos. Em suas lutas no Mundial, no último fim de semana, o magrinho não desistia até ouvir o apito final. No domingo, Gabriel precisou insistir até o fim para raspar Gabriel Willcox e vencer por 6 a 4. Na semifinal, encontrou-se com Daniel Beleza, o cearense que eliminara o atual campeão Gui Mendes, na decisão dos juízes. Mais uma vez, venceu no último lance, e nem sabia como ao sair da área de lutas. “Eu só sei que estava perdendo e não parei de ir para cima até o tempo acabar, nem sei como venci ou como ganhei as vantagens”, sorriu.
O drama de Ary Farias
Na final, Gabriel fez de tudo para não deixar o conterrâneo Ary Farias, o vice-campeão de 2010 ao fechar com Gui Mendes, pontuar. Ary tentou ir para as costas, Gabriel defendeu. Ary veio com botes, Gabriel se livrou. E a luta seguia no 0 a 0, com Ary à frente nas vantagens. Soou o apito final, e Ary terminou campeão por uns segundos. Foi quando, no momento mais dramático do Mundial, a emoção o traiu, e o atleta da Atos deu seus fatais dois passos rumo ao cadafalso. A regra, apesar de dura e relativamente nova, é clara: o atleta que sair do limite da área de luta para celebrar é punido por uma vantagem. O árbitro Muzio de Angelis não teve alternativa a não ser sinalizar a punição, mudando o placar (empate em vantagens) e o campeão, já que Gabriel possuía uma punição a menos.
Arrasado com a prata, Ary comentou o título perdido: “Eu faço cinco lutas com cada leão daqueles, ganho dos caras mais duros da minha categoria, para no final acontecer o que aconteceu”, lamentou-se.
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