As cores das faixas estão mudando a todo o momento no Mundial de Jiu-Jitsu, que está rolando em Long Beach, na Califórnia. Na madrugada desse sábado, 31 de maio, alguns faixas-marrons mostraram sua técnica na pirâmide e foram condecorados com a faixa-preta, caso do levinho Marcio André.
Sem ligar para uma dor forte num dos joelhos, Marcinho venceu seis combates e conquistou o peso-pena. Em sua primeira luta, o atleta da Nova União venceu Fábio Caloi (Alliance), campeão do Pan e do Brasileiro na divisão. Depois, o aluno de Fabio Andrade venceu três lutas por pontos. Na semifinal contra Rodrigo Ratinho, Marcinho aplicou 17 a 0, com boas passagens de guarda e quedas.
Do outro lado da chave vinha Isaac Doederlein, guardeiro lapidado pelo tetracampeão mundial Rubens Charles “Cobrinha” em Los Angeles. Isaac fez cinco boas lutas antes da disputa final.
Ao anunciarem a final do peso-pena faixa-marrom, o ginásio estava silencioso, e as torcidas passavam a mão no rosto e roíam as unhas. Marcio e Isaac pisaram nos tatames. Ambos puxaram juntos para a guarda e Marcinho subiu, logo ganhando uma vantagem. Calmo, o aluno de Cobrinha trabalhou uma raspagem com a lapela e virou o placar. O garoto de Bangu empatou a luta com uma raspagem.
“Não pode ser raspado Marcinho, mantém a base”, rugia uma voz firme da torcida. Foi o que ele fez, posicionou bem seu joelho e começou a tentar perfurar a guarda do adversário, que conseguia repor muito bem. No fim, o placar anotava 2 a 2 nos pontos e 6 a 1 nas vantagens, para a jovem estrela da Nova União. Ao subir no pódio e colocar a medalha dourada no peito, Marcio André recebeu a faixa-preta das mãos do seu professor Fabio Andrade.
Marcinho venceu o Mundial na faixa-azul com 16 anos, na roxa duas vezes (aos 17), e agora na marrom, com 18 anos.
Veja quem mais brilhou na marrom, aqui.