Nas três últimas finais da faixa-preta masculino, o nível da adrenalina foi ao teto da Pirâmide de Long Beach.
Primeiro, Leandro Lo e Otavio Sousa disputaram o trono do peso médio, ocupado até então por Otavio, há dois anos. Lo chegou de mansinho, mas sem respeitar o bicampeão da categoria. Lo raspou primeiro, Otavio deu um passa pé e a luta tinha momentos de indefinição – como a chave omoplata que parecia que ia capturar Lo.
No fim, Leandro Lo livrou o braço, passou a guarda e venceu por 9 a 6 – o aluno de Cícero Costha agora é tricampeão mundial no peso. Só falta mesmo o absoluto para o magrinho bom de guarda.
A torcida pôde respirar um pouco no meio-pesado, com o fechamento de Bráulio Estima e Romulo Barral, colegas da Gracie Barra. Como no ano passado o ouro ficou com o tetracampeão Rominho, este ano a cortesia mudou de lado, e o Carcará tornou-se tetra também – com direito a ter seu nome no Hall da Fama do Jiu-Jitsu.
Em seguida, foi a vez da final do peso pesado. Com o trono de Rodolfo Vieira vago (ele agora é superpesado), a batalha foi franca. Aluno de Rominho, Felipe Preguiça tinha a missão de parar o experiente André Galvão. E os dois fizeram um dos duelos mais bonitos, abertos e técnicos do dia – com um festival de raspagens e bons ataques.
No último minuto, Preguiça raspou, marcou 6 a 4 e ficou com o ouro, para festa dos amigos da GB.