Como bom malandro, Fernando Augusto “Tererê” bem que tentou enrolar os enfermeiros que adentraram seu quarto, nesta madrugada. “Sabe o que é? Eu tenho um seminário de Jiu-Jitsu marcado. Podemos resolver essa parada na volta?”. Não teve jeito, e perto das duas da manhã, o faixa-preta retornou em paz à clínica de reabilitação onde já havia passado uns meses, perto de Sorocaba, em São Paulo.
A internação foi tranquila, bem mais que das outras vezes. Apesar do coração apertado, pais e amigos lembraram com bom humor de uma ocasião em que o lutador relutou ao ser internado. “Teve uma vez em que ele saiu correndo dos caras pelo meio do mato e subiu numa árvore. Como não tinha galhos, ele foi cansando. De lá, ficou tacando coisa nos caras, estilo videogame”, relembrou Elan Santiago, amigo e faixa-preta da Alliance.
Último treino de Jiu-Jitsu antes da internação
Desta vez, até PMs da UPP auxiliaram a família, e tudo correu bem. “Já conseguimos o principal, e agora ele tem toda a assistência profissional. A necessidade agora é arrecadar o dinheiro que a família não tem, para a internação e para remédios”, conclama Elan.
Segundo os amigos, Tererê pareceu resignado e o melhor, com vontade de se ajudar. “Parecia que ele sabia que ia rodar”, disse Elan. “Ele comeu direito na segunda-feira, foi treinar Jiu-Jitsu com a molecada do morro do Cantagalo e não usou droga nos últimos dias. A família está esperançosa”.
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