Nika Schwinden celebra feito histórico em camp da Gracie Barra

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Camp feminino da Gracie Barra reuniu 150 mulheres no tatame. Fotos: Camila Nobre/Focados no Tatame

A Gracie Barra alcançou um marco expressivo para o Jiu-Jitsu feminino. A escola reuniu 150 mulheres no tatame para a realização do camp feminino da equipe, promovido ao longo de três dias na última semana, na capital Florianópolis, em Santa Catarina. O evento contou com lideranças da Gracie Barra, como a GMI Nika Schwinden e o mestre Carlos Gracie Jr, fundador da escola.

“A lição mais importante é que o propósito deve ser direcionado pelo amor e a colheita não erra o endereço quando isso acontece” ensinou Nika. “Então precisamos trabalhar diariamente porque conseguimos alcançar feitos extraordinários por meio de atitudes simples. É preciso entender que o caminho fica menos árduo quando as pessoas se unem e as possibilidades tornam-se infinitamente maiores”, disse a professora da Gracie Barra Curitiba.

Em bate-papo com a equipe do GRACIEMAG.com, Nika Schwinden explicou o que a concretização do evento representou para ela e abordou as lições que tirou do camp.

GRACIEMAG: O que esse evento representou para você como professora e mulher?

NIKA SCHWINDEN: Acho que uma maneira de classificar meu sentimento para toda a comunidade do Jiu-Jitsu é a sensação de ter vencido um Mundial. Foi uma vitória muito expressiva para o Jiu-Jitsu feminino e também para os donos de escola, já que mostra que o trabalho tem sido bem feito e temos trazido mais mulheres ao tatame. Como mulher, foi um feito histórico no Jiu-Jitsu e é impossível eu não ser grata a todas as mulheres que vieram antes de mim e lutam pelo nosso posicionamento e pela condição de estar onde quisermos e ser quem somos. 

Nika Schwinden e alunas da Gracie Barra tiram foto no tatame. Foto: Camila Nobre/Focados no Tatame

Que desafios você enfrentou ao longo de sua jornada para que aquele momento fosse possível?

O desafio faz parte da vida do ser humano, nunca gostei de me colocar na posição de vítima. Prefiro ter o entendimento de que o lutador sempre está na luta e é isso que eu e as pessoas ao meu redor tentamos fazer diariamente. Estamos aqui para tentar melhorar o mundo e usar o Jiu-Jitsu como ferramenta de transformação. Enfrentei vários desafios, mas é isso que um lutador faz.

A tendência é que haja mais encontros como esses a partir de agora?

Este foi o terceiro evento com o mestre Carlos Gracie Jr. O primeiro foi realizado em 2020, mas foi um aulão de defesa pessoal com ele. No ano passado, fizemos o primeiro camp e reunimos 86 mulheres. Desta vez, contamos com a presença de 150 mulheres e já começamos a programar o próximo. Terei uma reunião hoje para ajustar os detalhes, porém, já definimos as datas. O camp vai rolar nos dias 8, 9 e 10 de março de 2024 e vamos abrir as pré-inscrições em abril. Pode esperar que vamos movimentar bastante a comunidade do Jiu-Jitsu.

Quais foram as lições que você tirou desse dia?

A lição mais importante é que o propósito deve ser direcionado pelo amor e a colheita não erra o endereço quando isso acontece. Precisamos trabalhar diariamente, afinal feitos extraordinários são conquistados com atitudes simples. É preciso entender que o caminho fica menos árduo quando as pessoas se unem e as possibilidades tornam-se infinitamente maiores. Fiquei feliz com o resultado do evento, mas isso já é passado. Queremos superar isso, e “ganhar novos Mundiais” fora do tatame também, e com isso movimentar a comunidade de forma que todas as mulheres possam treinar Jiu-Jitsu. Este movimento só tende a crescer, eu aposto que daqui a 15 ou 20 anos o número de mulheres praticantes de Jiu-Jitsu será igual ou maior em relação aos homens. Plantamos sementes nesse evento e na edição passada, e a colheita será linda. Gostaria agradecer à Gracie Barra por me oferecer essa oportunidade e ser solo fértil para nós mulheres. E ao Guga Nunes, que foi o responsável pela organização do camp em Florianópolis. É importante enaltecermos toda a nossa equipe, desde o pessoal da limpeza aos fotógrafos. Realmente, 150 mulheres é um número expressivo, mas o indivíduo tem mais valor. Então cada mulher que esteve presente fez o seu papel e construiu História com H grande.

 

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