Era dia de praia no Rio de Janeiro, na primeira semana de junho deste ano, e Vitor Belfort aproveitou o sol e a contusão na mão para reencontrar uns camaradas no Leblon. Por lá, escutou do amigo e jornalista Carlos Ozório que Marcus Vinicius Bochecha, seu parceiro de treino num camp em Las Vegas, vencera o então imbatível Rodolfo Vieira no Mundial de Jiu-Jitsu, numa luta eletrizante.
Feliz com a notícia, Belfort comentou: “Bochecha é muito gente boa e um grande talento. E olha, ele também sabe boxear bem”, elogiou o astro do UFC. “Eu quero levar o Bochecha para o MMA logo. Ele disse para a gente no camp que o MMA ainda não era seu objetivo, e que antes ele queria vencer o Rodolfo e ser campeão mundial absoluto. Pronto, isso ele já fez”.
A sedutora proposta de Vitor Belfort levanta o clássico debate. Após vencer um Mundial (ou vários), o superastro do Jiu-Jitsu deve dar a cara a tapa e se arriscar em novas e tortuosas trilhas no MMA e UFC?
Na opinião do professor e lutador Renzo Gracie, não há caminho mais natural que esse.
“A gente precisa que mais atletas do Jiu-Jitsu se convertam ao MMA”, opinou Renzo Gracie, em recente entrevista ao site Sexto Round. “Quem se dedicou a vida toda a ser um campeão de Jiu-Jitsu já tem todas as qualidades para ser um campeão de MMA, porque não tem esporte mais duro que o nosso. O dia em que mudei para o MMA foi como se eu tivesse ido à praia”.
“Tem que fazer igual fez o Ronaldo Jacaré (bicampeão mundial absoluto). No momento em que você conquistou tudo que tinha que conquistar (de kimono), é a hora de você sair do conforto da academia de Jiu-Jitsu e vir sair no pau, porque é preciso mostrar para o mundo que nossos atletas são os melhores. E nós temos uns 20 Jacarés por aí”, completou o Gracie.
E para você, fiel leitor? O UFC é hoje o caminho natural para os monstros do pano? Você gostaria de ver Bochecha e outros campeões mundiais saindo no braço? Ou não faz diferença para você como torcedor?
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