Quem, na véspera de duelos importantes do Pride FC, conseguiria tirar do hotel os concentradíssimos Wanderlei Silva e Rodrigo Minotauro? Glória Maria conseguiu.
Era novembro de 2003, e a repórter irrompeu o hall do hotel convocando a todos para o furo de reportagem que seria exibido no programa “Fantástico”: o confere entre Wanderlei Silva e Rodrigo Minotauro, num fliperama de rua em Shinjuku. No dia seguinte, Wand lutaria com o campeão olímpico Hidehiko Yoshida e Quinton Rampage, enquanto Minota enfrentaria Mirko Cro Cop.
Olho vidrado no videogame, o velho treinador Luiz Alves era um dos mais empolgados. Deu conselhos para Minotauro antes, não parou de berrar para incentivar o pupilo, mas nada pôde fazer. Ficou ruim para o peso pesado baiano, nocauteado seis vezes pelo astro da Chute Boxe, para gargalhada de todos, especialmente Glória Maria.
“O boneco do Wand é muito forte, só perde para o Royce, que finaliza todo mundo em segundos”, resignou-se Rodrigo.
O alto astral de Glória deu sorte aos dois ídolos, que desceram do ringue consagrados no dia seguinte, e foram parar no horário nobre da Globo.
“Foi ali que tudo começou a mudar”, admitia Minota, grato para sempre à amiga Glória Maria.