Por: Gustavo Aragão, fotojornalista, amigo e aluno de Diego
Diego Braga era a arte marcial na sua essência. Como lutador apresentou todas as qualidades essenciais, um dos caras mais valentes que pude conhecer.
Casca-grossa, leal a seus mestres, amigos e alunos. Diego me lembrava muito o que mestre Carlos Gracie Jr dizia: “Esteja na moda ou não, renda dinheiro ou não, eu estarei dando aula para meus alunos, treinando e vivendo do Jiu-Jitsu.”
Assim era o Diego com o MMA e a trocação, que ele não cansava de ensinar, ao lado de seu amigo Eduardo Pachu. Esse amor pelas lutas, esse talento inato para a atividade, isso é o que faz um verdadeiro samurai.
Falei com ele no Ano Novo e acordei achando que só podia ser engano ou notícia equivocada, tamanha era a energia boa que ele desprendia, sempre bem humorado e gozador – apesar da cara de brabo, sempre meio fechada. Mas não se enganem: era um cara feliz, de um coração gigante.
É duplamente triste e revoltante lembrar que ele lutou tanto para chegar onde chegou, e após tantas dificuldades ele finalmente conquistava o espaço e reconhecimento que sua equipe merecia no meio da luta. E no momento que eles estavam colhendo os frutos do que plantaram sem desistir jamais, durante todos esses anos de batalha, a vida de Diego é interrompida de forma covarde e cruel, pondo um fim sangrento a uma jornada tão bonita.
É devastador perdermos um amigo dessa forma. Cuidem-se por aí.