O Maracanã. Palco maior do futebol mundial, recordista de público numa partida com aproximadamente 200 mil pessoas gritando numa final de Copa do Mundo, isso em 1950. O mais charmoso e conhecido dos templos do futebol começa a entrar na mira para outro esporte que cresce de forma avassaladora no gosto do público e nos números, o MMA.
Quem acreditaria que este esporte, por vezes erroneamente relacionado à violência e indisciplina, hoje seria apreciado por famílias inteiras e estaria com status de paixão mundial? Pois bem, haveria maneira melhor de relacionar essa paixão que tanto cresce do que realizando um embate numa arena capaz de suportar uma quantidade imensa de fãs em frenesi? Os números levam a um caminho: o estádio Mário Filho.
Em entrevista coletiva após o UFC 163, no qual José Aldo derrotou o Zumbi Coreano para defender o cinturão peso-pena do Ultimate, Marshall Zelaznik, executivo do UFC, revelou ter visitado o Maracanã e começado a ter planos de realizar um grande card do Ultimate no estádio.
Vamos aos números. O atual palco dos eventos do UFC no Brasil, mais precisamente no Rio, é a Arena HSBC, localizada a Barra da Tijuca, e que comporta 25 mil pessoas. Por mais de uma vez completa em sua lotação, e nesta edição alcançando quase 14 mil pagantes, foi especulado que o local de apresentação deveria ser posto a alçadas maiores. O Maracanãzinho foi pensado, por ser o berço do MMA, com batalhas épicas realizadas naquele lugar, como os primeiros embates de vale-tudo. Mas, com capacidade para 12 mil pessoas, o charme da arena não seria páreo para os desejos faraônicos do Ultimate.
O próprio José Aldo já havia revelado a GRACIEMAG sobre a vontade de realizar um embate no Maracanã, após saber do desejo do campeão dos leves, Benson Henderson, em lutar num estádio de futebol:
“Se acontecer será ótimo. Uma luta num estádio de futebol já seria demais, se for no Macanã então, seria melhor ainda. Uma luta entre eu e o Henderson no fim do ano ou no início do ano que vem seria perfeito. Daríamos um grande show”, disse Aldo.
Ben Henderson havia revelado seu desejo de lutar num estádio de futebol no Brasil, seja contra José Aldo ou não. O rumor se espalhou com a possibilidade de Aldo subir de categoria após defender sua cinta contra o até então desafiante Anthony Pettis. Bendo revelou estar torcendo para que o presidente do UFC, Dana White, ouvisse suas preces:
“Eu quero sim lutar para 100 mil fãs brasileiros enlouquecidos, gritando. Definitivamente eu quero isso. Eu adoraria que fosse em um estádio de futebol, aqui no Brasil. Espero que o Dana White saiba que queremos esta luta em um estádio de futebol”, falou Henderson a GRACIEMAG quando esteve de passagem no Brasil.
Muitos fatores podem alterar o resultado real de um embate entre ele. Henderson precisaria, antes, superar o agora desafiante ao cinturão dos leves, Pettis, para sonhar com uma superluta no Maraca. Já Aldo, após o embate contra o Zumbi Coreano, disse estar à disposição do UFC, ou para subir de categoria, ou para defender a cinta. As incertezas do UFC são a única certeza neste momento. Mas, como seria bom um UFC no Maracanã, não acha, leitor?