Campeão Mundial em 2009 no peso pluma, Guilherme Mendes espera repetir o feito na Califórnia. Como motivação, o lutador vem de triunfo no Europeu, um segundo lugar no World Pro (mas em que lutou na final com o irmão Rafael) e o título no Brasileiro. Para o próximo desafio, na cabeça está a palavra que é repetida diversas vezes na entrevista: vencer.
O que achou da campanha no Brasileiro?
Achei que lutei bem, impus o meu jogo e fui campeão. Lutei com adversários bons e consegui fazer o que venho treinando. Me senti muito bem na parte física e técnica, estou numa ótima fase. Venho competindo tudo e colhendo bons resultados e isso me faz chegar no Mundial confiante e no ritmo para vencer.
No Mundial devem estar inscritos adversários como o Carlos Esquisito e o Caio Terra, entre outros. Você está estudando toda essa galera?
Com certeza a categoria vai estar cheia de grandes atletas e isso me motiva ainda mais a ser campeão. Já lutei com a maioria dos atletas da categoria e também estudo muitas posições. Mas o negócio é estar treinado para conseguir fazer tudo isso e, graças a Deus, venho fazendo tudo corretamente. Vou para lutar com o foco em ser campeão, em desenvolver tudo o que treino e não ser surpreendido. Não penso em nenhum adversário em especial. O que importa é vencer o campeonato. Ao contrario de certas pessoas que ficam felizes em tentar derrotar o campeão, eu não. Fico feliz em fazer o serviço completo.
Na faixa-preta os erros são ainda mais fatais”, Guilherme Mendes
Você demorou um pouco mais para engrenar na faixa-preta. Chegou a desanimar?
Não desanimei em momento algum, mesmo porque não acho que demorei. Na verdade, eu acho que aprendi com algumas derrotas e isso me ajudou a engrenar rápido, pois venci o Mundial no meu primeiro ano de preta. Mas venho trabalhando cada dia mais para evoluir e lutar cada vez melhor. Tenho coisas a serem corrigidas e estou longe de onde quero chegar ainda.
O que é mais difícil na preta em relação às outras graduações?
Acredito que há várias dificuldades. Realmente é diferente das outras faixas, pois o tempo aumenta, você começa a lutar com adversários mais experientes, as lutas ficam mais duras e se cometermos erros eles são ainda mais fatais. Mas se você vem da marrom e estiver no ritmo de competição, treinando muito, com um time dando suporte, essa adaptação é rápida. Acredito que o grande segredo para vencer seja resumido em treino, foco e determinação.
Acha que o pluma é a sua categoria agora?
No momento sim, vamos ver. Acredito que no próximo ano eu venha no pena junto com o Rafael, mas preciso ver isso junto com a equipe. Vou aonde eles acharem que devo ir. Me preocupo em treinar e estar bem, mas no momento para equipe é melhor eu lutar no pluma, mesmo porque o Rafael faz um trabalho excelente no pena, ganhando tudo.
Você vive uma rotina desgastante de treinos, competições… Há aquele momento que essa rotina desgasta muito, que dá vontade de diminuir todo esse trabalho?
Realmente é muito desgastante a rotina, mas os resultados que eu e o time todo estamos colhendo nos fazem ver que estamos no caminho certo. E para que tudo continue dando certo, nosso trabalho na academia precisa continuar com a mesma intensidade. Temos um time muito unido que nos faz ter a mesma determinação sempre, não importa a circunstância. E passando o Mundial agora, vamos descansar um tempinho e fazer seminários. Mostraremos nossas experiências adquiridas nos treinos e competições em academias nos EUA e Canadá.
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