Em 2019, Roger, o recordista em ouros da família Gracie, veio de Londres para o Rio de Janeiro com os dois filhos para curtir as férias de julho da garotada. Mas, claro, o campeão de sangue azul não resistiu e fez alguns seminários marcantes, nas escolas Leão Teixeira e GB Parque Olímpico, a convite respectivamente de mestre Leão Teixeira e do amigo Kleber Buiú, nossos GMIs.
Entre uma técnica e outra, Roger disseminou conselhos úteis para quem deseja se aproximar da essência da arte suave, e construir um jogo sólido, básico e eficiente no Jiu-Jitsu – com técnicas para serem usadas dos 8 aos 80 anos. Compilamos as melhores dicas num artigo de GRACIEMAG, que agora recordamos aqui:
1. “Peguei a faixa-preta com 21 anos, novo, e naquela época eu não podia dizer que meu estrangulamento da montada era eficaz. Demorei muitos anos aprimorando a técnica, insistindo nos treinos, até aquele Mundial 2009 em que todos os estrangulamentos encaixaram. O mandamento número um então talvez seja ter paciência. Aprendeu uma posição ou conceito? Não será do dia para o outro que ele vai funcionar. Se você desistir de treinar aquilo, pior. Trabalhe a técnica todo dia, tenha prazer em vê-las dia a dia mais justas”.
2. “O mais importante na minha carreira não foi ganhar títulos todos os anos, afinal houve tropeços e derrotas. O principal foi que, ano a ano, eu nunca me abalei, e continuava a ir treinar para melhorar aqui e ali.
3. “Meu maior ponto forte era a vontade de me aprimorar, de construir um jogo sólido cada vez mais eficaz. No meu primeiro Mundial acho que não finalizei ninguém, por exemplo. Então, você perdeu? OK. O importante é não se abalar, vá para a academia no dia seguinte com vontade renovada. Você sente que está se aprimorando? É a pergunta chave.”
4. “O lutador que busca melhorar deve gostar de treinar – e lutar – contra os melhores que houver. É como a gente realmente testa o que funciona.”
5. “Nem toda técnica serve para todo mundo, há biótipos, tipos de jogo etc. Mas todos os conceitos essenciais do Jiu-Jitsu são válidos e devem ser estudados e relembrados. Eu vejo o Jiu-Jitsu como uma arte progressiva, com um objetivo a cada etapa. Por exemplo, você está em pé? A meta é derrubar. Caiu na guarda? A meta é passar. Passou? A meta é montar e finalizar. Caiu de costas no chão? A meta é raspar ou pegar as costas. O Jiu-Jitsu tem um começo e tem um fim, e o atleta ou praticante deve mirar esse objetivo final, sempre. Não vejo sentido em falar de Jiu-Jitsu básico ou moderno, eu só vejo o seguinte: o cara passa e tenta montar, ou o objetivo dele é chegar a uma posição de vantagem e estancar ali?”
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