Dono de uma guarda enjoada e um triângulo perigoso, Jefferson Moura divide o tempo entre as competições e o comando dos treinos na Gracie Barra, no Rio de Janeiro. Campeão brasileiro este ano entre os pesados, o faixa-preta foca no Mundial de 2010. Entretanto, em primeiro lugar estão os alunos. Jefferson prevê uma chuva de novos talentos por aí. Confira o bate-papo com a fera:
Este ano você não lutou tanto, mas venceu o Campeonato Brasileiro. E em 2010?
Está no sangue competir e gosto muito. Vejo o pessoal lutando e fico doido. Mas hoje estou comandando a equipe aqui e a minha prioridade é continuar a organização da Gracie Barra. Este ano fui campeão brasileiro e, quando chegar perto das competições, tentarei me planejar. Em 2010 quero me preparar para o Mundial. Quero lutar e vamos ver como vai ser.
Como avalia o trabalho na equipe este ano?
Foi um ano de projeção. As coisas deram certo e, poucos meses depois que assumi, já conseguimos um crescimento impressionante de alunos. A academia está entupida em todos os horários e, aos poucos, estou implantando o sistema Gracie Barra de aulas. É uma coisa que vem dando certo, com controle de freqüência, entre outras coisas, e os alunos gostam bastante. O Carlos Gracie, o Marcio Feitosa e o Cachorrinho estão sempre me assessorando e acredito que o resultado está bom.
A garotada aprende o Jiu-Jitsu muito rápido” Jefferson Moura
Novos alunos? Então vem uma molecada boa por aí?
Estava até conversando sobre isso com o Kleber Buiú, que também é professor. Entramos na Copa Yudan de Jiu-Jitsu com várias crianças e todas medalharam. Também estamos com uns moleques no juvenil arrebentando. Se continuarmos o trabalho e eles concluírem o ciclo e chegarem à faixa-preta, teremos grandes campeões. A garotada aprende o Jiu-Jitsu muito rápido.
Falando em nova geração, você viu toda a evolução do Kayron Gracie na arte suave. O que espera dele em 2010?
É um moleque que tem muito talento. Ele ainda é novo, e com um pouco mais de experiência vai arrebentar na faixa-preta. Ele vem de bons pódios na marrom, arrebentou e, certamente, é um candidato forte no próximo ano entre os pretas. Ele sempre levou jeito para o jiu-jitsu. Foi um garoto muito dedicado e sempre treinou. É um atleta.
Também houve uma matéria interessante com você, no jornal “O Globo”, sobre o turismo voltado ao Jiu-Jitsu…
Isso na verdade sempre existiu. Eles procuraram a gente porque descobriram essa demanda boa e divulgaram para o público que não está ligado com o que acontece no mundo da luta. Deu uma repercussão muito boa. Muita gente veio falar comigo e gostou. E continuam vindo muitos estrangeiros para cá. A demanda está sempre boa, graças a Deus.