Augusto Tanquinho é uma das dezenas e dezenas de estrelas confirmadas no Pan 2013, que será realizado dos dias 20 a 24 de março, em Irvine, Califórnia. São tantas as pedreiras inscritas que algumas categorias da faixa-preta já estão sendo chamadas de “grupo da morte”, em especial o peso médio e o pena.
Na divisão dos penas, até 70kg com kimono, Tanquinho vai disputar com os mitos Rubens Cobrinha, Rafael Mendes, Mario Reis e até contra seu sogrão, o experiente Wellington Megaton. E ainda tem Isaque Paiva, Kim Terra, Osvaldo Moizinho, Ítalo Lins, Ed Ramos, Samir Chantre…
O professor da Soul Fighters falou o que espera dessa guerra. Confira:
GracieMag: Como você chega para o Pan 2013?
AUGUSTO TANQUINHO: Estou fazendo uma excelente preparação física e treinando forte duas vezes por dia. Estou confiante, ainda preciso perder um peso, mas estou treinando bastante. Meu objetivo final é o WPJJC de Abu Dhabi em abril e o Mundial em maio. O Pan será na verdade um excelente teste para eu corrigir alguns erros e chegar na minha melhor forma no Mundial. O pena está recheado de caras duros, não vai ter luta fácil rodada nenhuma, mas estou concentrado no meu primeiro adversário, a balança (risos).
Que erros você já está procurando corrigir? Qual seu aspecto forte para essa disputa em Irvine?
Difícil falar de qualidades e defeitos. Acho que meu forte hoje é ter um jogo versátil, que me permite lutar por cima ou por baixo da mesma maneira. Tenho bastante defeitos lutando, e um dos principais, que preciso combater sempre, é o de falar com os juízes. Mas ando bem melhor nesse sentido. É que por conhecer bem a regra, às vezes eu percebia um erro nas minhas lutas e falava na hora com o árbitro, na intenção de ele lembrar a regra e corrigir. Hoje não estou falando mais, só entro e luto. Se errarem ou não, tenho apenas de achar uma maneira de ganhar lutando.
A IBJJF adotou o exame antidoping no Pan e deve inserir em outros eventos grandes. O que você achou?
Acho legal para o esporte evoluir, mas tenho algumas críticas. Vale lembrar que o Jiu-Jitsu ainda é um esporte amador. Ainda não temos quem nos diga que suplementos podemos tomar ou não. Os próprios atletas têm de ir num site só em inglês e olhar substância por substância dentro de cada suplemento que ele toma para não cair no teste. Enfim, em outros esportes com exame antidoping os atletas têm médicos e fisiológicas trabalhando para eles, enquanto nós temos de fazer tudo por conta própria. Agora, o mais engraçado é que vários atletas que viviam dando entrevistas pedindo o exame antidoping agora nem se inscreveram.
Como anda essa rivalidade com o Leandro Lo? Vocês lutaram novamente agora na final do aberto do Arizona…
Não estou pensando no Lo, afinal estamos em categorias diferentes no Pan. Como não vou lutar o absoluto, a gente não se esbarra em Irvine. A gente se enfrentou agora no Arizona em diferentes categorias, chegamos à final do absoluto e lutamos. Agora estou chegando no peso-pena e ele vai de médio, logo não preciso pensar nele. O pena já tem feras demais para me tirar o sono (risos)…