A quinta edição do WPJJC de Abu Dhabi foi no último fim de semana, mas ainda ecoa forte nas conversas em academias e no site GracieMag.
Além da grande luta entre o campeão Marcus Buchecha e Rodolfo Vieira e da invencibilidade de Gabi Garcia, a final do aberto faixa-marrom gerou forte repercussão.
Keenan Cornelius enfrentava, mais uma vez, o levinho Paulo Miyao, até que a disputa do ouro terminou de forma inusitada. O árbitro central da luta, o faixa-preta da Nova União Luciano Mendes, optou por desclassificar os dois atletas por falta de combatividade. Keenan e Paulo estavam com as pernas emboladas na hora H.
Decisão correta? Precipitada? Acertada ou não? Você opina. Mas, antes de o leitor comentar com a gente o que achou, Luciano explica sua decisão a GracieMag:
“Ambos os finalistas estavam passivos e não buscavam pontos nem finalizações. Com isso, sou obrigado pela regra, a cada 20 segundos de passividade, a puni-los. A regra constantemente sofre adequações, como ocorreu recentemente. É importante que todos os competidores leiam e façam os cursos ministrados pela IBJJF, todos os árbitros formados pela instituição citada estão aptos a cumprir o que está em nosso regulamento. Portanto, meu critério foi adotado com base na regra vigente, como de praxe”, analisa Luciano.
Com a desclassificação de ambos, a organização do WPJJC optou por elevar Kaue Damasceno (Nova União), então terceiro colocado, ao título absoluto, tendo o atleta embolsado a premiação oferecida. A decisão acabou por gerar mais polêmica para cima do árbitro, acusado nas redes sociais de ter eliminado os finalistas pensando em favorecer o colega de equipe faixa-marrom.
Luciano rechaçou tais críticas, lembrando que nada no regulamento dizia que o terceiro colocado seria o novo campeão:
“No que tange ao fato de o atleta que era terceiro colocado ter virado o campeão, essa decisão foi da organização do evento e não é de minha competência opinar. Nas redes sociais, há muitas opiniões diversas sobre a desclassificação, todos têm direito de achar o que quiserem. Repito: somente cumpri o que estava escrito na regra”, diz Luciano.
O árbitro, agora, diz torcer para que os atletas fiquem mais ligados em relação a regras, para não serem mais pegos de surpresa: “Cabe a cada competidor estudar a regra e se adaptar ao jogo. Casos de amarração devem ser sempre punidos com rigor e todos os árbitros estão capacitados para isso”.