A três dias do início do 18º Campeonato Mundial da IBJJF, em Long Beach, na Califórnia, a paulista Michelle Nicolini sabe onde não pode errar para conquistar mais uma medalha de ouro em Mundiais. Um dos aspectos está no pulso, como ela comentou em papo com GRACIEMAG.
Em uma de suas últimas disputas, Michelle perdeu a hora, entrou mal e perdeu a luta, como ela relembra.
Para o Mundial, a estrela da CheckMat não quer saber de atraso. Este ano, Nicolini vai encarar a disputa entre as meninas do meio-pesado, ela que ano passado venceu o peso-pena, ao superar a colega de time Marina Ribeiro.
Confira o que ela tem a ensinar, no bate-papo abaixo.
GRACIEMAG: A categoria meio-pesado tem Hannette Staack, Fernanda Mazzelli, Tammy Griego, Talita e outras feras. Por que fez essa opção arriscada?
MICHELLE NICOLINI: A categoria está bem difícil mesmo, e é o peso com maior número de campeãs mundiais. Mas eu me coloquei nesta categoria porque sou segura, sei que posso chegar nas cabeças! O que acontece é que na faixa-preta não tem muito para onde correr, ninguém está lá de brincadeira.
No Brasileiro de Jiu-Jitsu você acabou perdendo a final para a Luanna, na chave de braço. O que aprendeu com a derrota, Michelle?
O lance no Brasileiro foi que as finais deveriam ter sido todas no mesmo dia, no sábado eu estava prontinha para vencer (risos). No domingo, tive um problema com o horário e me confundi, achando que as finais seriam em um certo horário e não foram. As lutas foram duas horas mais cedo do que pensei. Cheguei muito atrasada e nervosa, com medo de ser desclassificada e aí não tem jeito. Uma coisa vai puxando outra e acabei perdendo as duas finais na competição. Não tive nenhuma lesão, foi só isso mesmo. Sempre tiro lições dos meus erros e mais uma vez aprendi com a minha falta de atenção. Deveria ter conferido o cronograma várias vezes, ter me programado e chegado mais cedo ao ginásio. Sempre faço tudo isso, mas não fiz no Brasileiro e foi fatal.
O que você promete mostrar para seus fãs e admiradores na Pirâmide de Long Beach?
Sei o quanto treinei. Podem esperar o meu melhor Jiu-Jitsu, sem amarração. Este será meu décimo Mundial, e assim como no primeiro espero sair de lá com a medalha de ouro no peito. Os treinos foram ótimos, já estavam fortes no Brasil e agora nos EUA. Nesses últimos dias, o Leozinho (Vieira) tem ajustado nosso jogo, e vai deixar toda a galera com o astral lá em cima.