Copa Podio instiga público com Leandro Lo x Durinho em formato inovador

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Gilbert Durinho e Leandro Lo terão novo duelo, agora com e sem kimono na mesma noite. Foto: Deive Coutinho/Copa Podio

Gilbert Durinho e Leandro Lo terão novo duelo, agora com e sem kimono na mesma noite. Foto: Deive Coutinho/Copa Podio

Mais uma inovação foi definida pela Copa Podio para seu próximo evento. No GP de Pesos Leves da 5° temporada, que abre o calendário de 2017 da organização no dia 18 de fevereiro, em São Paulo, além das emoções da fase de grupos e finais da disputa, o evento será encabeçado pela superluta entre Leandro Lo e Gilbert Durinho, em um formato inusitado.

O duelo entre as feras será em três rounds de seis minutos, mas cada assalto terá um estilo diferente. Primeiro, os atletas entram de kimono para se enfrentar. Após o termino da etapa, os desafiantes tiram o kimono e partem para a disputa sem pano. O terceiro round será definido pelo andamento da disputa.

Para saber mais detalhes sobre a inovadora peleja, GRACIEMAG conversou com Jeferson Maycá, presidente da Copa Podio, e eles nos explicou em detalhes como foi a ideia e os planos da Podio para a disputa, além de comentar as reais intenções da organização nas constantes novidades do torneio. Confira!

GRACIEMAG.com: De onde surgiu a ideia de fazer a luta neste formato em três assaltos, com e sem kimono?

Jeferson Maycá: Foi em duas etapas. A ideia de três rounds era antiga. Seria entre Davi Ramos e Danny Castillo. Eu acho muito chatas as lutas de finalização sem tempo. O cara tem que ser muito aficionado para assistir uma luta inteira deste tipo. Nomes conhecidos como Lo, Barral, e Braulio Estima já me disseram que não gostam de assistir lutas tão extensas. O formato da Copa Podio ficam mais dinâmico por ser em seis minutos. Como a luta entre Davi e Castillo não saiu, ficou para depois os planos de um duelo dividido em rounds. Para a revanche entre Lo e Durinho, como eu não quis fazer sem tempo, tampouco em combate de 10min, e seis minutos não seria suficiente para uma superluta, daí decidi fazer neste formato de três assaltos. A gente mantêm o conceito do evento, com luta dinâmicas de seis minutos, para não ficar muito longa, apesar de que o combate anterior durou 23 minutos e foi muito boa.

Sobre os rounds, brinquei com o Leandro Lo sobre o fato deu ter facilitado para ele, por serem três rounds de kimono a ideia principal. Ele reclamou, disse que não queria facilidade alguma, e sugeriu pôr um round sem kimono. Eu gostei da ideia, ofereci ao Durinho e ele aceitou. Eles vão começar de paletó. No intervalo, de um minuto entre rounds, eles tiram o kimono e já partem para o duelo sem pano. Isso se não houver finalização. A luta é em três rounds, mas se alguém pegar, em qualquer round, sai vencedor.

Qual será o critério para definir se o terceiro round será com ou sem kimono?

Quem vencer dois rounds levará sua vestimenta para o terceiro. Será um duelo de estilos, praticamente. Leandro Lo defendendo o Jiu-Jitsu de kimono e o Durinho lutando pelo grappling sem pano. Os rounds serão zerados no intervalo. Se cada um vencer um, quem conseguiu a pontuação mais expressiva leva o seu estilo para o terceiro assalto. Se não houver finalização, quem vencer mais rounds numa melhor de três será campeão. Se um dos competidores vencer os dois primeiros assaltos, só uma finalização no terceiro assalto poderá dar a vitória para o atleta que perdeu nas etapas anteriores. Por isso eu pensei neste formato. Já imaginou como será o terceiro assalto caso alguém vença os dois primeiros, e o outro com obrigação de finalizar para vencer, faltando seis minutos para o fim?

A Copa Podio sempre teve uma pegada de inovação. Lutas curtas no GP com pontuação na fase de grupos, desafios variados entre países, cidades, casais e agora entre times temáticos, culminando numa superluta de três assaltos. Qual o limite da barreira entre o Jiu-Jitsu tradicional e o formato em entretenimento?

O limite é a essência do esporte. Fazer um terceiro round de luvas, por exemplo, seria absurdo. Nossas inovações são no quesito estrutura, mas é sempre Jiu-Jitsu. Estamos fazendo o Jiu-Jitsu cada vez mais emocionante. As regras são sempre voltadas a estimular finalização e deixar a luta dinâmica. Nos GPs, por exemplo, uma vitória por vantagens vale dois pontos, por finalização vale cinco. O cara tem que buscar a finalização para chegar bem na semifinal. Nesta superluta o duelo é em três assaltos, mas a finalização acaba o combate a qualquer momento. Não tem como o cara enrolar para finalizar ou acelerar só no fim.

E qual é o objetivo real da Copa Podio ao buscar sempre o novo?

Eu tenho reparado que os eventos e veículos novos estão numa busca diferente. Eles não estão interessados que o Jiu-Jitsu cresçaa, eles querem captar esse público do Jiu-Jitsu que já existe. Eventos novos querem vender o pay-per-view para os já apreciadores do Jiu-Jitsu. A Copa Podio não faz seus eventos pensando no praticante que já gosta e vai adorar. Quero que o não-praticante veja aquilo, se anime e vá treinar. Faço as inovações para chamar atenção do público geral. A meta da Podio é ampliar o número de adeptos do nosso esporte cada vez mais.

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