Além de Caio Terra, campeão absoluto do Campeonato Americano de Jiu-Jitsu, muito faixa-preta teve motivo para se orgulhar no último fim de semana, com o apagar das luzes do ginásio em Carson, Califórnia.
No feminino, Emily Wetzel (BJJ Revolution) foi a grande campeã absoluto, ao vencer a faixa-marrom Kiri Liao (Ribeiro) na final, por 6 a 4.
No peso galo masculino da faixa-preta, Caio Terra não conseguiu vencer o desgaste no absoluto e sucumbiu frente a Laércio Fernandes (Lotus), por 4 a 2. O aluno de Givanildo Santana vai com moral agora para o Mundial Sem Kimono, em novembro.
No peso pena, Wellington Megaton e Samir Chantre fizeram a final. Deu Chantre (Gracie Fighter), com uma chave de braço. “Puxei para a guarda, raspei e caí montado. Ao tentar empurrar, ele me ofereceu o braço. Esperei antes o juiz dar os pontos da montada, e aí apliquei a chave”, disse Samir.
Na semifinal, ele ainda precisou passar pelo havaiano Baret Yoshida. “Ele me venceu no Mundial Sem Kimono do ano passado, então foi a revanche. Venci por uma vantagem”, disse Chantre.
No peso leve, Rodrigo Simões (Gracie Barra) encarou a pedreira americana Zak Maxwell (Gracie Humaitá). Rodrigo levou a peleja por pontos, e estava amarradão. “Raspei, ele depois me raspou, mas eu raspei de novo”, disse o campeão. No fim, 4 a 2 para o brasileiro.
Simões, que no absoluto foi eliminado por uma chave de braço de Caio Terra, vai estar no Pan Sem Kimono, de Nova York, no próximo dia 2.
No peso médio, a divisão terminou com Clark Gracie e Ryan Beauregard na final. Os dois são atletas da BJJ Revolution, mas decidiram se enfrentar. Clark então finalizou Ryan!
“Não chegamos a um acordo sobre quem levaria a medalha de ouro para casa, então lutamos. É dureza lutar 100% contra um amigo, mas assim que eu senti a intensidade dele no começo da luta, acordei e percebi que precisava dar tudo para vencê-lo”, disse o Gracie.
Beauregard começou vencendo por 4 a 0, até que caiu na guarda de Clark., que o finalizou com uma omoplata. “Na verdade eu asfixiei o pescoço dele dali”, explicou o Gracie, que no caminho para o título venceu também Marcelo Mafra (CheckMat).
O filho de Carley Gracie venceu o Americano quatro vezes, mas foi o primeiro ouro na faixa-preta. “Estou ficando quase pronto para encarar os melhores do mundo”, disse.
No peso meio-pesado, Marco “Sharpei” Machado (Drysdale) fez mais uma final contra Bruno Antunes (Gracie Barra), repetindo o desenrolar do Las Vegas Open. Marco venceu, novamente, com 5 vantagens à frente.
Marco Machado agora luta o Miami Open, em outubro, e o Mundial Sem Kimono no mês seguinte.
No superpesado, deu Bruno Bastos (Nova União), que venceu Alberto Vilanova (Gracie Barra). “Raspei e passei a guarda, mas no fim da luta quase que ele me pega numa guilhotina. Escutei o Gustavo Dantas berrar que só faltavam 30 segundos, então segurei e escapei”, disse Bastos.
Já no pesadíssimo, o campeão foi Leandro Santos (Ribeiro), que foi bronze no absoluto. Leandro, afastado das competições por um ano devido a uma contusão no tríceps, venceu Stephen Hall na final, com uma passagem de guarda.