Após estreia que definiu os 16 lutadores escolhidos para estrelarem sua primeira versão brasileira, o reality show “The Ultimate Fighter Brasil” retornou à tela da Rede Globo no domingo com um episódio cheio de novidades.
Além de apresentar a divisão dos atletas entre “Time Vitor” e “Time Wanderlei”, o episódio exibiu a primeira batalha da edição – que coroou, por sua vez, o primeiro peso-pena classificado para a etapa semifinal. Após dois rounds de cinco minutos, o cearense Godofredo Pepey derrotou Wagner Galeto na decisão dividida dos jurados, abrindo um ponto de vantagem para o “Time Vitor” e habilitando a equipe de Belfort a definir a batalha do próximo episódio.
(Assista a Godofredo Pepey lutando de kimono contra outro participante da casa, Rony Jason, a seguir.)
O episódio começou com os lutadores conhecendo a casa na qual ficarão confinados pelo resto da edição. “A emoção de ter entrado aqui foi inigualável. Com certeza o que passou pela cabeça de todo mundo é que essa é a casa dos sonhos de todos nós”, declarou Rony Jason.
Eles se dividiram entre os cinco quartos da casa, que conta também com piscina, banheira, sauna, e uma área de lazer com sacos de pancada e mesas de sinuca e totó. De lá, eles seguiram para o centro de treinamento, único local fora da casa ao qual tiveram acesso durante as gravações.
No centro de treinamento, eles foram recebidos pelo presidente do UFC, Dana White, que os esperava no octagon para acompanhar a divisão de equipes entre o “Time Wanderlei” e o “Time Vitor”. Como nas edições americanas, o chefão do UFC dirigiu algumas palavras aos atletas, preparando-os para as difíceis semanas de treinos e confinamento. White também anunciou que, além de dois contratos com o UFC, estão em jogo no TUF os bônus de Melhor Nocaute, Melhor Luta e Melhor Finalização – valendo R$ 45 mil, cada.
“Vocês chegaram aqui, mas a jornada começa agora. Garanto que nas próximas seis semanas vocês serão testados mental, física e emocionalmente. Muitos pensam que sabem onde se meteram, mas acreditem quando digo que não sabem”, declarou White. “Estes serão os meses mais difíceis da sua vida. Mas, se seu sonho é se tornar um lutador profissional e um dia chegar ao nível desses dois caras do meu lado (Vitor e Wanderlei), esta é a maior oportunidade da vida de vocês”.
Para iniciar a divisão de times, White jogou uma moeda com um lado azul (Wanderlei) e um verde (Vitor) para o alto. O vencedor foi Wanderlei, que, podendo optar entre escolher o primeiro lutador ou casar a primeira batalha, decidiu convocar seu primeiro “pupilo”: o cearense Rony Jason, treinado por Rodrigo Minotauro.
Jason comemorou o “gás a mais” de ter sido escolhido antes de todos. Já Gasparzinho, que se revelou o brincalhão da casa, lamentou ter sido o último. “Você acaba perdido no baralho”, comentou. No fim, os times ficaram divididos assim:
O episódio mostrou ainda os primeiros treinamentos dos lutadores sob a orientação de cada técnico e de seus respectivos treinadores, responsáveis por auxiliar os competidores em habilidades específicas. Após conhecer melhor os oito membros de seu time, Vitor Belfort anunciou a luta inaugural da edição: Wagner Galeto (Wand) contra Godofredy Pepey (Vitor).
Além da divisão de times e a primeira luta desta edição, o segundo episódio do programa também trouxe uma presença ilustre. José Aldo, campeão dos penas do UFC, não só visitou os atletas, como também acompanhou a batalha e ainda deu seus palpites após o embate. Outro rosto conhecido dos fãs, a octagon girl oficial do UFC Brittney Palmer desfilou com as famosas plaquinhas entre os rounds. O brasileiro Mario Yamasaki foi o árbitro da batalha.
Pepey vence luta parelha no octagon
A luta começou de maneira cautelosa. Pepey, elogiado por Wanderlei por seu Jiu-Jitsu, fez o esperado: tentou colocar o oponente no chão. As primeiras tentativas de queda do cearense, contudo, foram defendidas por Galeto, que manteve grande parte do primeiro round de pé – embora Pepey tenha puxado o rival para sua guarda no chão. Na troca de golpes, um pouco tímida, Pepey usava mais chutes e joelhadas, enquanto Galeto optou por socos. A menos de um minuto do fim do assalto, Galeto acusou ter sentido uma das investidas de Pepey, caindo e sendo pressionado contra a grade enquanto o cearense golpeava de cima. Galeto pegou a perna do rival e tentou uma finalização, mas Pepey conseguiu se desvencilhar e levantar, puxando-o, no finzinho, para sua guarda.
Galeto iniciou a ação no segundo round com socos. Pepey tentou um chute. Tentando encontrar a distância do adversário, Pepey ameaçou uma joelhada e tentou um soco, acertando acidentalmente um golpe baixo que levou à interrupção momentânea da luta. Pepey pediu desculpas ao adversário e foi avisado da possível dedução de pontos em caso de uma repetição. Retornaram cautelosos à luta, até que Pepey entrou com um chute na coxa e desencadeou uma breve troca de golpes. A trocação continuou esporádica até que Pepey, novamente, acertou um golpe baixo acidental. Yamasaki, contudo, optou por não puni-lo, uma vez que o ataque não foi intencional. Pepey continuou trabalhando os chutes na coxa e na cabeça, enquanto Galeto confiou nos punhos até o fim da batalha.
Ao fim dos dois rounds de cinco minutos, Pepey foi declarado campeão, para a alegria do Time Vitor e decepção da equipe de Wanderlei, que, acreditando que seu atleta deveria ter vencido, confortou o lutador. “Não vou desistir nunca”, declarou um choroso Galeto, emocionando-se ao falar de sua filha. Mesmo com a derrota, Wagner não sai da casa. Ele continua morando e treinando com os outros competidores, tendo ainda a chance de retornar ao páreo caso algum dos lutadores não tenha mais condições de competir.
“A importância de vencer a luta é a autoestima, a positividade, é tudo de bom”, comemorou Pepey. A comemoração entusiasmada dos companheiros de equipe do Time Belfort, contudo, incomodou o técnico, que ensinou a seus lutadores a importância do respeito ao adversário. “Quanto mais respeito eu tenho, mais autoridade tenho”, declarou Belfort. Com a primeira vitória da edição, o Time Vitor tem o direito de casar o embate do próximo episódio, desta vez entre os pesos médios. A cada episódio, a equipe vencedora tem o direito de montar as lutas.
E o leitor, o que tem achado do TUF Brasil? Melhor que os TUFs anteriores, semelhante ou ainda não deu para esquentar?