Michael Langhi vibra com Europeu e revê as derrotas de 2012

Share it
Michael Langhi passou a guarda de Vinicius Marinho na final do leve, no Europeu 2013. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

Michael Langhi passou a guarda de Vinicius Marinho na final do leve, no Europeu 2013. Foto: Ivan Trindade/GRACIEMAG

O peso leve Michael Langhi (Alliance) já viveu dias de mito em sua categoria. Bicampeão mundial na faixa-preta, Langhi curtiu quase três anos sem conhecer a derrota de kimono. Hoje, após bater na trave nos principais torneios da IBJJF ano passado, o pupilo de Rubens Cobrinha tem treinado forte para recuperar o topo da categoria. E já recomeçou a dura caminhada pelas simpáticas ruas de Lisboa.

O exímio guardeiro celebrou no Europeu de Jiu-Jitsu 2013 sua terceira medalha de ouro (2009/11/13) – a quarta conquista se considerarmos o fechamento com Lucas Lepri, em 2010.

Confira o bate-papo exclusivo de Langhi com o GRACIEMAG.com, a seguir.


GRACIEMAG: Ano passado você bateu na trave no Europeu, ficando com o bronze. O que você aprendeu com as derrotas para iniciar o ano com o pé direito?

MICHAEL LANGHI: Derrotas sempre acontecem e sempre aparecem para todo mundo que se dispõe a lutar. A diferença é nunca desistir, sempre insistir em seus sonhos e foi isso que fiz. Treinei mais ainda e graças a Deus deu tudo certo desta vez – foram três lutas e três vitórias. A primeira finalizei no estrangulamento de gola e as outras duas venci com boa margem de pontos. Acho que não fiz nada diferente, treinei bastante como sempre faço. Não gosto de dar desculpas nas minhas derrotas, então se alguém me ganhar é porque foi realmente melhor. Estou treinando como sempre treino, claro que sempre tentamos ser melhor a cada dia, mas sempre me dedico 100% ao que eu faço.

Como foi a final com o Vinicius Marinho, um faixa-preta que você conhece bem?

O Vinicius é um atleta muito duro e tem um jogo completo, tanto de guarda quanto passando, então sempre é muito bom lutar com ele. Já fizemos uma final de Mundial na faixa-roxa e duas finais de Brasileiro na preta, então já conhecíamos bem o jogo um do outro. Eu sabia que aquele que errasse menos sairia com a vitória e foi o que fiz, tentei errar o menos possível.

Como foram os treinos de Jiu-Jitsu para o Europeu?

Os treinos foram excelentes, deu tudo certo graças a Deus, cheguei sem lesões e com muita vontade de lutar. Treinei em São Paulo com a supervisão do Fabio Gurgel, que está sempre me corrigindo, e pude chegar com um jogo bastante ajustado. Com os drills que a gente faz, conseguimos chegar nos campeonatos com bastante pressão nas posições. Aproveito para agradecer meus amigos de treino, pois sem eles nada seria possível. E também o meu professor Rubens Cobrinha, que sempre está em contato comigo e me ajuda de todas as formas.


Qual lição você tirou do torneio e o que mais te marcou?

A lição é persistir. Se você quer algo, corra atrás. Um grande momento que me emocionou nesse Europeu foi a volta do Fernando Tererê. Conheci-o antes de todos os problemas e também acompanhei todo o drama dele, e ele nos deu o maior exemplo de todos. Tererê deu a volta por cima e independentemente do resultado ele foi um campeão. É muito bom vê-lo de volta, feliz.


Algum conselho para nosso leitor praticante, que deseja ser faixa-preta um dia?

O conselho que eu dou é que se dediquem ao máximo. Se você quer ser diferenciado, tem que fazer coisas diferentes, e não o que a maioria faz. Temos de nos dedicar muito e tentarmos ser o melhor que pudermos todos os dias. Aproveito para deixar um grande abraço aos meus fãs e às pessoas que torcem por mim, e agradecer meu patrocinador, meu preparador físico Thiago e meu outro preparador James.

Ler matéria completa Read more