A chave para uma consciência tranquila no Jiu-Jitsu, por Thiago Andrade

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Thiago em ação. Foto: Reprodução

Na busca por uma carreira de sucesso no Jiu-Jitsu, é fácil sucumbir às pressões que tal estilo de vida carrega e focar apenas em resultados e títulos conquistados em campeonatos. Familiar com a esfera competitiva e seus desafios, nosso GMI Thiago Andrade, líder da GFTeam Porto, em Portugal, gosta de reforçar a seus alunos que mais importante que uma medalha é o esforço de quem sabe que deu o seu melhor, independentemente do resultado.

Em papo com GRACIEMAG, o faixa-preta explica como um bom treino contribui para o psicológico do atleta, além de falar sobre suas origens na arte suave e seus planos para um futuro próspero no Jiu-Jitsu. Confira nas linhas abaixo!

* Entre para o time GMI! *

GRACIEMAG: Como você conheceu o Jiu-Jitsu?

THIAGO ANDRADE: Iniciei a prática do Jiu-Jitsu aos 14 anos, no ano de 1998. Conheci o esporte através de uns amigos, que já treinavam e sugeriram que eu experimentasse. Junto com meu primo e mais três amigos, fizemos a aula experimental e acabei me apaixonando pelo Jiu-Jitsu. Iniciei com o professor Marcos Bastos, mas fiquei apenas dois anos com ele e ingressei no famoso tatame da Universidade Gama Filho, sob os cuidados do mestre Julio Cesar.

Thiago e mestre Julio Cesar. Foto: Reprodução

Como foram seus primeiros anos nas faixas coloridas?

Naquela época, os treinos não eram separados por turmas e graduações, ou seja, as aulas eram bem duras desde o início. Meus colegas de treino que já competiam, então essa transição para a rotina de atleta foi feita de forma bem natural. Tive um ótimo desempenho nas coloridas, especialmente na faixa-azul, na qual quase não perdi. No entanto, uma lesão na faixa-roxa acabou por me afastar das competições por alguns anos, só retornando aos tatames competitivos na marrom.

Como foi sua graduação para faixa-preta?

Em 2018, vinte anos após o meu primeiro contato com o Jiu-Jitsu, eu recebi a faixa-preta pelas mãos do mestre Julio Cesar. Havia ficado 10 anos fora do Jiu-Jitsu por conta da lesão, mas consegui me recuperar, retornar aos tatames e, através de muito trabalho duro, alcançar a preta. O fato da graduação ter sido realizada em Las Vegas e junto a todos os meus amigos e irmãos da GFTeam consolidou essa data como um dos dias mais especiais da minha vida.

Como separar a cabeça de competidor para se tornar um grande professor?

Apesar de desafiadora no início, essa separação foi se tornando mais natural na medida em que amadureci em ambas as funções. Além disso, com o crescimento da equipe, os alunos passaram a precisar cada vez mais da minha atenção, então adaptei minha visão e mentalidade no Jiu-Jitsu para suprir essa crescente demanda.

Nos tatames de sua academia em Portugal, a GFTeam Porto. Foto: Reprodução

Qual o melhor ensinamento da sua época de atleta, aquele que você sempre repassa aos alunos?

Treino é para treinar! É o momento que todo praticante tem para tentar coisas novas, errar e se corrigir, repetir movimentos para melhorar seu domínio e descobrir os limites de seu jogo. É importante que o aluno dê o seu melhor para se desenvolver e preparar durante os treinos, de forma que chegue à competição e possa mostrar seu potencial. O importante não é o resultado, mas sim a consciência tranquila de quem sabe que fez um bom trabalho.

Quais são suas meteas para forjar uma equipe ainda mais forte?

Acredito que toda equipe forte se inicia de dentro pra fora. Por isso, trabalhamos para construir relações fortes de união e zelamos por um bom ambiente dentro da escola, de forma a fomentar o desenvolvimento dos alunos a nível individual e em grupo. A meta é consolidar nosso sistema de ensino desde as bases do aprendizado, focando na contribuição para os objetivos de nossos praticantes. Desta forma, acredito que nossa equipe se tornará ainda mais forte e nossos atletas serão cada vez mais vitoriosos.

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