Nascido em 1943 e falecido nesse 1º de outubro de 2022, o célebre lutador, promotor e político japonês Antonio Inoki colecionou histórias impagáveis em suas passagens pelo Brasil.
O astro japonês de grande carimsma e queixo proeminente foi um dos principais destaques da primeira edição do Jungle Fight 1, evento de MMA realizado a 13 de setembro de 2003, e olha que a concorrência era grande.
Inoki não lutou, mas nem precisava. Ele viajou a Manaus como embaixador e cartola do Jungle, na figura de sócio do idealizador do evento, o faixa-preta Wallid Ismail. Mas Inoki quase roubou a cena, em especial após nadar no rio perto das palafitas do imponente hotel Ariaú Amazon Towers, quando arrancou aplausos, risos e urros de tensão e admiração dos fãs presentes.
O card do evento era estelar. Um jovem Lyoto Machida fez uma das grandes lutas do evento, com o americano Stephan Bonnar. Ronaldo Jacaré, campeão mundial na faixa-marrom e jovem ídolo do Jiu-Jitsu, fazia sua estreia de luvinhas, contra o tarimbado Jorge Macaco. E ainda houve a batalha memorável entre Fabricio Werdum e Gabriel Napão nos pesos pesados, entre outros combates eletrizantes.
Aqueles dias no coração da floresta marcaram todos os que lá estiveram, lutadores, jornalistas, treinadores, funcionários e promotores. Prova disso é o craque Fabricio Werdum, finalizador nos ringues e exímio contador de histórias, que adora contar alguns dos bastidores do Jungle 1. Seu episódio predileto é uma cena marcante vivida pelo senador Inoki.
Por tradição, Inoki gostava de saudar os heróis do ringue – no Brasil ou alhures – com um sonoro bofetão no rosto, como num rito de passagem. Werdum, após vencer Napão, foi convidado para ingressar na “fila do tapa”, mas não topou. No caso de Jacaré, porém, o ritual foi diferente, e inevitável.
Relembre a história contada pelo ídolo “Dos Nossos”, em vídeo registrado pelo nosso repórter Marcelo Dunlop em Seul, na Coreia, antes de uma edição do evento Spyder. Ao lado de Werdum no café da manhã, a jovem fera Victor Hugo.
Confira, e mande seu oss em tributo ao saudoso Inoki. Oss!