Num de seus filmes, de 1971, o ícone da pancadaria Bruce Lee defende-se da chave de braço de um opositor de uma maneira, digamos, cinematográfica.
Descontando a galhofa própria dos filmes de ação, o que Bruce Lee nos ensina com essa cena? Ensina, entre outras lições, que a chave de braço precisa ser treinada repetidamente para ficar ajustadíssima. Caso contrário, numa situação real de briga, uma brecha será suficiente para seu opositor se defender, com unhas e dentes. Mais dentes do que unhas, no caso.
“Sempre ensinamos na academia que, em primeiro lugar, mordida não ganha luta”, reforça nosso GMA Guilherme Valente, da Gracie Miami. “Agora, para o praticante eliminar o risco da mordida, o mais importante é o treino ser sempre voltado para a defesa pessoal. Esse é o nosso objetivo principal. Nós ensinamos e treinamos com esse enfoque. Da mesma forma que um competidor pensa na pontuação referente a cada posição, nós nos concentramos nas possíveis vulnerabilidades, como a mordida, de cada movimento”.
Valente conclui então: “A chave de braço numa briga de rua deve ser feita sempre de forma rápida e decisiva. Uma perna deve estar sempre encaixada no pescoço do agressor, logo abaixo do queixo, e a outra sobre o peito. É importante lembrar que os reflexos de um leigo durante uma briga são completamente diferentes do que de um praticante de Jiu-Jitsu.”
Lembre-se de Bruce Lee portanto. Converse com seu professor de Jiu-Jitsu sobre como cada golpe se adequa a situações de defesa pessoal, e seja um praticante mais completo.