Se você ainda não conhece o dinamarquês Alexander Trans (CheckMat), está na hora de ser apresentado para este lutador peso pesadíssimo, que aos 22 anos vem dominando seus oponentes, especialmente desde que recebeu a faixa-marrom, após o Rio Open, em agosto de 2010.
Trans não perdeu desde então, e ele atuou no Mundial Sem Kimono, Pan Sem Kimono, Brasileiro, Europeu, Pan e o Mundial do último domingo, quando conquistou o peso e o absoluto.
Na campanha em Long Beach, o mais impressionante é que, em nove lutas, Alexander não tomou um ponto. O peso fez diferença? Para ele, não. “Sou na verdade mais leve que os outros caras da minha divisão”, surpreende o dinamarquês de 1,90m e 235 pounds (106kg).
Seis semanas atrás, Alexander machucou o joelho e não estava conseguindo treinar normalmente. Exausto, ele conversou com o GRACIEMAG.com sobre isso, logo que garantiu sua dupla medalha de ouro, em finais contra Abraham Marte (pesadíssimo) e José Carlos Silva (absoluto).
“Minhas lutas foram duríssimas, fiquei morto no fim. Costumo treinar três vezes por dia, mas o joelho doía tanto que não consegui manter o ritmo de preparação”, disse ele, que vai parar por uma ou duas semanas para se curar.
Modesto ao extremo, Trans afasta o holofote de cima dele. “Na verdade não atingi nada ainda, porque nem faixa-preta eu sou. Meu currículo é importante para mim, claro, porque eu me entrego de corpo e alma ao Jiu-Jitsu”, diz ele, que começou a treinar com 15 anos. “Só quero ser o melhor que puder, e para tal confio plenamente nos meus professores, Léo Vieira, Ricardinho, Chico Mendes e Helder Medeiros”.