Vir ao Rio e conhecer todo os encanto da Cidade Maravilhosa não é novidade para nenhum turista. Mas inclua aí no pacote a possibilidade de conhecer o berço do Jiu-Jitsu em treinos individuais com Royler Gracie, que tal? Além de vivenciar, é claro, a rotina saudável do mestre entre trilhas na Pedra da Gávea, passeios à Pedra Bonita com muito açaí gelado e um dia de surfe com o Gracie.
Essa é a proposta do camp de Jiu-Jitsu de Royler em parceria com o faixa-preta Rodrigo Antunes. O projeto une o útil ao agradável. Inclui ainda no cronograma, além de treinos diários de Jiu-Jitsu com o Gracie, aulas de ginástica natural e a oportunidade de respirar a atmosfera da cidade em visitas à escola de boxe Nobre Arte, no morro do Cantagalo, e uma visita ao Maracanã, palco histórico da maior paixão brasileira.
Royler explica que a parte turística fica aos cuidados de Rodrigo. Ele gosta de tocar com os turistas/alunos sua maior paixão, o Jiu-Jitsu. “Essa é uma ideia brilhante. O Rio de Janeiro não poderia ser lugar mais perfeito. Um ponto turístico, o clima com esse calor danado. Os caras tomam açaí o dia todo. Eles saem daqui me perguntando se tem como tomar um açaí tão bom quanto esse lá nos Estados Unidos. Acho difícil de encontrar igual ao nosso. Lá experimentei o ‘Roots açaí’, achei bom. Mas é difícil ter a quantidade de frutas que temos aqui. Sem falar do nosso calor humano que não tem igual”, disse Royler.
“Agora vamos ver se conseguimos fazer esse camp uma vez por ano. Ainda não temos data pro próximo. Mas o que acho mais importante de destacar é a integração que existe entre o pessoal do camp e os alunos da academia. Porque eu estou acostumado aqui na academia. Eu sei quem é quem. Tem os caras que treinam mais forte, outros que treinam mais leve… e no camp também. Sempre vem um pessoal pra treinar mais forte e outros um pouco mais tranquilos. Uns vem aqui para aprimorar o nível de competição e outros para tirar o estresse”.
Um dia de Sol, Maracanã e calçada da fama
E por falar em tirar estresse, GRACIEMAG.com esteve presente no camp de Royler com os turistas americanos. A reportagem primeiramente acompanhou o grupo na visita ao Maracanã, numa tarde escaldante típica do verão carioca.
Todos saíram da van empolgados com o imponente estádio e caminharam por painéis com figuras mundialmente conhecidas. O faixa-azul Aron Morris (Machado JJ), de Oklahoma, disse que já esteve em muitos lugares, mas que jamais experimentou algo igual ao Rio de Janeiro. Seja pelo seu povo ou pelas maravilhas naturais da cidade.
Com sorriso largo no rosto, ao ver as arquibancadas silenciosas e vazias, a militar Megan Tracy, do Colorado, vislumbrou como deve ser o estádio cheio. “Uau. Imagino como deve ser aqui num dia de jogo”.
O mesmo encantamento teve o policial americano Jamez Tavarez. Ele contou que teve de pôr em prática o Jiu-Jitsu numa ocasião de briga de rua nos EUA. Um dia, quando estava em serviço, foi chamado para uma ocorrência e foi atacado por trás por um delinquente, mas conseguiu dominá-lo.
Impossível para os americanos não pararem ao lado de Ronaldinho, apontarem Romário e os ídolos da Copa do Mundo de 94. Por isso coube aos faixas-pretas Rodrigo Antunes e Marcelo Tetel, também presente, uma breve contextualizada sobre monstros sagrados como Nilton Santos, Dida, Zico, Garrincha, Tostão entre muitos outros que iam surgindo nas fotografias.
De Pelé nem foi preciso falar nada. O Rei do futebol e Atleta do Século XX foi o escolhido para encerrar o passeio. Todos sentaram ao redor da marca de seu pé, na calçada da fama e posaram para foto.