O astro do Jiu-Jitsu Bráulio Estima não aguenta mais treinar e não lutar. Em sua malfadada estreia no MMA, em 2010, o evento Shine Fight decretou falência no dia da luta, e cancelou todo o programa.
Na Jiu-Jitsu Expo, o caso foi outro, e o oponente Nick Diaz, astro do UFC, não apareceu no dojô armado em Long Beach para a superluta sem kimono.
Bráulio conversou com o GRACIEMAG.com e comentou a decepção, além da luta quente entre Kron Gracie e o irmão Victor Estima.
“Não sei o que deu na cabeça dele para não comparecer. Nick tem essas coisas né, é muito inconstante. No começo, eu até duvidei que ele lutaria comigo, mas depois de entrevistas, onde ele dizia que daria a bolsa para a caridade e tudo mais, fiquei mais tranquilo, achei até muito bacana”, lembrou o Carcará.
“Quando eu achava que ele não daria mais para trás, deu nisso. Estou muito chateado com a situação. O time dele ainda tentou botar a culpa na pesagem, que eu estava acima do peso, mas isso não teve nada a ver. Estou fazendo um documentário, e tenho tudo que rolou no sábado filmado, não vai haver disse-me-disse”, disparou Estima, sonhando com um novo encontro.
“Adoraria lutar com ele, seja com kimono, sem kimono ou MMA. Ele pode escolher qualquer modalidade, e que agora ele apareça. Mas sei que é difícil ele aceitar, infelizmente”, desafia.
Estima não se furtou a comentar a conversa quente com Kron Gracie, após a vitória dele em cima de Victor Estima.
A dança da discórdia
“Tudo começou quando Victor ganhou do Kron no último Pan. Foi a luta mais importante para o meu irmão no campeonato, e logo após a vitória ele dedicou aquela luta tão dura e merecida ao filho, o Vincent – o moleque é uma graça. Mas fez com todo o direito e respeito. Lembro que em Abu Dhabi eu também fiz minha celebração após a semifinal, com a minha vitória sobre o Marcelinho Garcia, pois para mim aquela luta seria tão importante quanto a final. Acho que isso não é desrespeitar, mas comemorar com sinceridade”, explicou Bráulio.
“Enfim, não sei como o Kron encarou o ato, mas após a luta de sábado ele fez o mesmo gesto para o Victor, de modo meio sarcástico, como para mostrar que tinha dado o troco, tipo revanchezinha. Repetir o gesto de um atleta é tirar sarro com o oponente. O Victor jamais repetiria um gesto que o Kron faz, isso não é nada legal. Mas acho que o sangue subiu à cabeça, depois eles conversaram e ficou tudo tranquilo. Gosto do Kron, ele é sangue bom”, concluiu o professor da Gracie Barra.
Confira as fotos de John Lamonica do evento, em especial o desenrolar da superluta entre Victor e Kron.
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