Correspondente do GRACIEMAG.com, Mohamad Jehad testemunhou na noite passada um treino inusitado de Anderson Silva e equipe. O treino aconteceu num campo de futebol real. Real neste caso não se trata de um adjetivo que reforce a legitimidade do campo, mas sim do radical de realeza. Pois o referido campo fica dentro das dependências de um dos palácios de sua alteza, Sheik Mohamad Bin Zayed Al Nahyan, príncipe de Abu Dhabi. Um tatame foi especialmente colocado no pequeno campo para que Anderson pudesse se aclimatar à temperatura no mesmo horário em que deverá lutar com Demian Maia, na noite de sábado.
Entretanto, as inovações não acabaram por aí. O aquecimento da equipe foi feito com uma pequena e rápida partida de futebol. Pesos pesados como Minotauro, Alex Negão e Rafael Feijão foram excluídos pelos “boleiros”. Em determinado momento alguém exclamou: “Seu Juarez. O senhor não deveria fazer o Anderson acreditar que ele sabe jogar bola.” E o pai de Anderson respondeu: “Se ele jogasse bem não seria o formidável lutador que é.”
Após o “coletivo”, os atletas usaram quase que toda extensão do tatame para o trabalho de boxe, enquanto Ramon Lemos e Andre Galvão usavam algumas placas para trabalhar o chão de Mark Munoz. Com aquele aglomerado de atletas na pequena área, Anderson não teve dúvidas: sacou o tênis da mochila e voltou ao gramado para fazer manopla. O Aranha, sempre descontraído, usava ainda o pequeno intervalo para imitar Michael Jackson. Com certeza a primeira vez que alguém dançava break naquele palácio.
O Aranha, apesar de fazer todos rirem dentro da corte, está longe de ser um bobo. Sua personalidade alicerçada à notória humildade e carisma arregimenta admiração por onde passa, soma-se a isso o foco que tem na profissão. Independente do resultado de suas lutas, Anderson está muito mais para um cavaleiro real.