Faixa-preta campeão de Jiu-Jitsu, a fera Paulo “Peposo” Curi festejou recentemente 30 anos como policial civil em Minas Gerais.
Investigador e instrutor de defesa pessoal na polícia mineira, Curi começou sua trajetória profissional em 1991. De lá para cá aprendeu muito sobre tranquilidade, eficiência e autocontrole, ao observar como o Jiu-Jitsu sempre salva, notadamente nas horas mais tensas.
O líder da academia Peposo Team dividiu com nossa equipe alguns ensinamentos destas últimas três décadas. Os mais valiosos vão listados a seguir:
1. “Vivemos uma época em que a violência está por todo lugar, seja nas pequenas ou grandes cidades. O Jiu-Jitsu oferece ao praticante normal segurança e mente afiada para o uso das técnicas de defesa pessoal. Mas é preciso lembrar que o Jiu-Jitsu é a última instância. Todos devemos aprender a defender de um ataque de faca, mas a primeira lição é: fique o mais longe que você puder se alguém puxar uma faca. Em nossas aulas de defesa pessoal na academia, ensinamos a se afastar do perigo, não se embolar com um maluco armado. Já a polícia, que precisa por profissão lidar com situações de muito mais risco, aprende o Jiu-Jitsu para minimizar os perigos e imprevistos em operações”.
2. “O Jiu-Jitsu ensina muito mais do que técnicas e ângulos corretos para desarmar uma pessoa. Ensina capacidade de reação, raciocínio, autocontrole e disposição física, um verdadeiro combo que salva vidas, pois permite que o policial esteja em ótima forma – física e mental, e até mesmo espiritual – para realizar uma abordagem de forma segura e eficiente.”
3. “O Jiu-Jitsu, na verdade, tem um papel muito mais profundo do que lapidar as técnicas de domínio e controle de agressores: é uma arte marcial que forma o policial por completo – física, mental e culturalmente. Por exemplo, ao abordar alguém, ou ao ser abordado, o policial que é habituado com o tatame e o kimono age com tranquilidade. Ele sabe que, somente no momento necessário, precisa usar as técnicas aprendidas no dojô. O Jiu-Jitsu dá essa sabedoria sobre o momento preciso.”
4. “Sempre fui beneficiado pelo aprendizado que obtive no Jiu-Jitsu. Utilizei a arte em diversas situações nas quais busquei o equilíbrio e a segurança que o estudo do Jiu-Jitsu sempre me ofereceu. Principalmente em atuações que envolviam riscos a terceiros, como acidentes de trânsito, assalto e até em brigas em estádios.”
5. “Novamente, para o cidadão comum, que não trabalha na polícia, o Jiu-Jitsu é a arte da prevenção, jamais da reação a um criminoso. Na eventualidade de um assalto, entregue os objetos de valor. Não há nada mais valioso do que a vida.”
6. “Nossa preocupação deve ser sempre a de evitar casos parecidos, ou seja, diminuir os riscos de assaltos. Atue na prevenção, adquira uma postura segura, tente evitar toda e qualquer situação que possa expor você a riscos”.
7. “Se você sonha em trabalhar na polícia, lembre que o Jiu-Jitsu é capaz de ensinar ao futuro policial atitudes e qualidades que são inerentes a todo ser humano, mas que muitas vezes acabam esquecidas e deixadas de lado em nossa sociedade moderna e corrida. Como exemplo: a cortesia, o respeito ao ser humano, o respeito aos mestres e aos alunos, a persistência e a garra para superar os maus momentos. São fundamentos basilares, aliás, de toda arte marcial.”
Quer ser um GMI e divulgar seu trabalho como Paulo Peposo? Clique aqui.