Realizado no Japão entre 1997 e 2007, o Pride Fighting Championship foi o maior evento de MMA do planeta, até que uma série de problemas financeiros e denúncias da imprensa japonesa terminaram com a falência do show.
A franquia ainda foi vendida para a Zuffa LLC, empresa que controla o UFC e de propriedade dos irmãos Fertittas, mas não havia interesse em reerguer o evento, que terminou com o Pride 34.
Com o fim do evento, nascido após o big-bang do Pride 1, que contou com Rickson Gracie x Takada e Renzo Gracie x Akira Shoji, entre outras batalhas, a cena do vale-tudo nipônico definhou, e não dava mais sinais de voltar a crescer.
Mas parece que, finalmente, o MMA na Terra do Sol Nascente começa a dar sinais de recuperação. Segundo o colaborador, comentarista e ainda lutador veterano de MMA Oriosvaldo Costa, a imprensa japonesa começou a alimentar rumores fortes de que o Pride FC pode voltar.
Segundo a imprensa japonesa e alguns empresários de lutadores, a ideia dos cartolas é reviver o Pride FC já em dezembro de 2015. Ex-presidente do Pride FC, o cartola Nobuyuki Sakakibara é um dos que articulam a volta do evento. Sakakibara havia se mudado de Tóquio para Okinawa, onde cuidava de um time de futebol. De lá, teria iniciado uma batalha judicial com o UFC sobre a compra do Pride pela Zuffa LLC.
Apesar de sua vontade de readquirir os direitos de uso da marca do Pride, é provável que os fãs verão um outro Pride, com um outro nome. Mas o mais difícil Sakakibara já teria conseguido, que é um grande parceiro. A dificuldade residia, principalmente, no fato de sua imagem estar arranhada no Japão pelas supostas ligações com a máfia Yakuza no passado, como especulado na imprensa de lá.
O novo parceiro seria Scott Coker, atual presidente do Bellator e que já trabalhou como executivo no K-1 e foi CEO do Strikeforce, na época que este show também acabaria comprado pela mesma Zuffa e tendo o mesmo fim da franquia japonesa.
A título de ilustração, o formato de copromoção de eventos parece agradar ao Bellator, que em setembro vai ajudar a organizar um show de MMA e kickboxing em parceria com a franquia do Glory.
E o burburinho sobre o retorno do Pride começou a agitar as redes sociais, em especial as contas de alguns mitos do esporte.
Randy Couture, por exemplo, anunciou que está sabendo de grandes eventos que serão realizados no Japão. Já o sempre estrondoso Wanderlei Silva comemorou “o fim do monopólio do UFC no esporte para breve”. Será?
As pedras no tabuleiro do MMA nipônico já permitem sonhar. Imagine o leitor uma jogada de mestre para esse suposto evento de dezembro: a contratação de Kron Gracie, filho de Rickson, até hoje idolatrado como poucos por lá.
Outra curiosidade: a estrela do Jiu-Jitsu Gabi Garcia, que fará sua estreia no MMA, em dezembro no Japão, não pode revelar o nome do evento e de sua oponente (uma estrela do judô chinês de 93kg) por questões contratuais. Qual seria esse evento?
Tudo segue cercado por muito mistério e nenhum dos nomes citados nesse artigo pode comentar abertamente sobre o retorno do Pride, ou de seu novo filhote. Contudo, se essas fontes estiverem corretas, esse evento surge para tentar mudar drasticamente a face do MMA japonês. E pode mexer bastante nas peças desse jogo chamado MMA mundial.
Afinal, é como bem ilustra uma das frases prediletas dos fãs japoneses: “O Pride nunca morre”. Será que seu retorno dará nova vida ao MMA mundial?
O que você acha, leitor? Crê e torce pela volta do Pride no Japão?