Há dois anos, ainda em Belo Horizonte, Minas Gerais, Pedro Marinho era um novato na faixa-roxa que embolava os treinos do campeão Felipe Pena, o Preguiça, que viria a ser campeão absoluto do ADCC 2017. Nos anos seguintes a vida do jovem atleta de 22 anos mudou. Pedro embarcou para à Califórnia, nos Estados Unidos, para disputar campeonatos mais expressivos e, consequentemente, colocar a sua carreira em outro patamar. A experiência deu ótimos resultados.
Pedro foi campeão mundial sem kimono e pan-americano da International Brazilian Jiu-Jitsu Federation (IBJJF), duas medalhas que coroaram a sua boa fase na faixa-roxa, onde já havia dominado, no Brasil, o Campeonato Brasileiro com e sem kimono, também, pela IBJJF. As boas atuações lhe renderam uma vaga como instrutor na Gracie Barra Westchase e a faixa-marrom, das mãos do seu professor Felipe Preguiça. Tudo isso no fim da temporada 2017/2018.
Com a nova graduação e os desafios mais forte, Pedro foi capaz de manter o mesmo nível competitivo. No último fim de semana, em Nova York, pelo Pan Americano Sem Kimono, ele novamente foi campeão absoluto e medalha de prata no peso pesado, após finalizar 6 de 7 lutas no geral. A atuação de gala rendeu a Pedro um convite para disputar o ADCC 2019, neste fim de semana em Anaheim, na Califórnia. Mesmo com o chamado sendo apenas uma semana antes do evento, ele não se intimida e quer surpreender na divisão até 88kg.
“Acabou sendo uma das melhores surpresas da vida, pois lutar o ADCC é um sonho de todo atleta. Não pude lutar a seletiva porque estou morando nos Estados Unidos e tive que dar entrada no meu visto, o que me impossibilita de sair do país enquanto o processo está rolando. Mesmo triste por não poder lutar no Brasil, continue trabalhando duro. No fim de semana passado, lutei o Pan Americano Sem Kimono e acabei conquistando o absoluto, onde finalizei a maioria das minhas lutas, entre o peso pesado e o absoluto. Engraçado que, na noite deste mesmo dia, o Preguiça e Sérvio Túlio me mandaram mensagem dizendo que tinha surgido a possibilidade de eu lutar o ADCC. Não tinha nada certo, mas o presidente do ADCC tinha mandado mensagem para eles perguntando sobre mim. Nem consegui dormir aquela noite e no dia seguinte recebi o e-mail e o Mo Jassim me ligou confirmar o convite para lutar na categoria até 88kg. Eu nunca recusaria um convite desses, mesmo sendo chamado uma semana antes”, revela o atleta da Gracie Barra.
Apesar de novo, Pedro tem experiência de lutar nas regras do ADCC, pois já disputou uma seletiva do Kasai Pro, torneio de lutas casadas nas regras do ADCC, e chegou, inclusive, a vencer faixas-pretas do calibre de Vinicius Trator. Dono de fortes botes no estrangulamento, a jovem estrela detalha como ter um jogo finalizador pode o levar longe na disputa do torneio sem kimono.
“Realmente, a guilhotina, é um dos meus pontos fortes. É uma posição que gosto de treinar bastante e sempre que vejo brechas eu ataco. Gosto sempre de ir para cima, o tempo todo, o importante é finalizar. Cara, eu realmente acredito que fui convidado para o ADCC pelo meu estilo de luta e creio que terei vida longa nesse evento. Ajustei algumas partes que faltavam no meu jogo, que é a guarda, junto com os professores Ulpiano Malachias e Inácio Neto. Já vinha treinando bastante wrestling também com o professor Servando Almaraz na Gracie Barra Westchase. Tive a experiência de lutar a seletiva do Kasai Pro e o GP do evento principal, foi uma experiência única que deu para imaginar como seria um ADCC, de verdade. Tive que ficar atento com as chaves de calcanhar e me testei com alguns faixas-pretas. Mal posso esperar pelo fim de semana”, encerra Pedro.
(Fonte: Assessoria de imprensa)
A cobertura do ADCC 2019 é um oferecimento da @KingzBrasil