Terra do kung fu, a China recebeu neste fim de semana um banquete de Jiu-Jitsu sem kimono, com o ADCC 2013. No sábado, 19 de outubro, primeiro dia do evento de luta agarrada, o destaque foi a superluta entre André Galvão e Bráulio Estima.
A luta terminou com uma pegada de costas sagaz de André, que obrigou o Carcará a tentar defender de pé. Mas Galvão se manteve agarrado no pescoço até a finalização no mata-leão.
O professor da GB comentou com GRACIEMAG o que aprendeu com o revés:
“Realmente foi um lutão. Eu fiz o máximo que pude, de acordo com o limite que meu corpo impôs. Acho que a melhor lição que tirei dessa luta foi como minha cabeça se comportou de acordo com a situação”, refletiu Bráulio.
“Eu não vinha treinando bem devido a uma lesão nos nervos que alimentam os braços, principalmente o braço esquerdo. Então tive algumas limitações, mas quando chegou a hora da luta tentei lutar como geralmente luto e terminou que faltou aquela energia extra dos braços para completar algumas posições onde geralmente tenho bom aproveitamento. A explosão tava em falta! (Risos)”, admitiu.
“Pensando agora, eu deveria ter me acalmado e lutado procurando evitar contar com a pegada dos braços. Por exemplo, eu deveria ter deixado ele passar ali, em vez de virar de quatro. Não tive braço para bloquear a entrada do braço dele no pescoço quando foi preciso”, ensinou o campeão absoluto de 2009.
Bráulio, no entanto, fez questão de dar todos os méritos para o novo supercampeão:
“O mérito da vitória foi todo do André. Ele estava lá para lutar e aproveitou o momento correto de ataque. Quem está na jaula é para o que der e vier. Ele certamente teve dificuldades no camp dele também. Isso é normal, na hora H quem tiver tirado melhor proveito dos treinos leva. No Mundial foi meu dia, no ADCC foi o dele, e assim seguimos. Vou ver a lesão e voltar no melhor da minha forma, espero que não seja nada sério”, concluiu Estima.