Supercampeão do ADCC 2013, no último sábado, André Galvão vibrou muito com mais este triunfo no Jiu-Jitsu sem kimono.
Campeão absoluto no último evento, em 2011, o professor da Atos nascido em São Paulo e radicado em San Diego conseguiu botar pressão para passar a guarda de Bráulio Estima, pegar as costas e apertar o pescoço do velho amigo.
Como ele fez? O repórter Vitor Freitas, de GRACIEMAG, foi saber.
GRACIEMAG: O Bráulio havia vencido você no Mundial da IBJJF, em junho, e também no ADCC 2009. De onde você tirou tanta confiança para partir para cima?
ANDRÉ GALVÃO: Treinei e me dediquei muito para alcançar esta vitória na China. Fiz tudo o que meus treinadores mandaram. A todo tempo eu sabia que o resultado seria positivo desta vez, em 2009 eu não treinei nada. Vocês podem ver nas fotos que cheguei a Barcelona gordo. Era uma época em que eu estava pensando em MMA, e o Strikeforce me deixou de molho por um longo tempo. Decidi participar do ADCC 2009 de última hora, desta vez a mente estava bem diferente, eu estava focadíssimo.
Já reviu a luta?
Ainda não, mas acredito que foi uma das melhores lutas que eu já fiz. O Bráulio é muito casca-grossa, e a luta foi muito movimentada e sem amarração.
Que detalhe você usou para atacar a passagem de guarda, ali no lance decisivo?
O detalhe começa no treinamento, não é verdade? Treinei muito mesmo. O Bráulio tem um quadril muito solto, mas eu consegui pará-lo um pouco. Consegui jogar a cabeça em cima, pesar mais nele e fui feliz. Esta passagem eu aprendi com o Tererê, foi o detalhe do Cantagalo então [risos].
Como você fez a transição do cem-quilos para as costas?
Sempre fiz isso, no momento que eu estava passando eu já estava pensando no movimento antes mesmo de executar. Se eu tivesse girado mais cedo para as costas tenho certeza de que eu perderia a posição. Portanto, o giro foi na hora precisa. É um giro que eu inclusive ensino para todos no meu livro, “Drill to win”, e no site AllGalvao.com. Confiram lá!
Quais são seus planos agora? Férias no Brasil?
A luta continua, Brasil só no fim do ano, quando vou descansar com a família. Vou para as Filipinas agora, dar seminários na academia de um aluno, e depois Grécia por dois dias. Volto para San Diego para continuar os treinos com meus alunos que vão entrar em ação no Mundial Sem Kimono, em Long Beach.