Anna Rodrigues e a busca por seu primeiro título no World Pro 2021

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Anna após vitória no Grand Slam. Foto: Reprodução

Faixa-preta da nova geração, Anna Rodrigues se juntará a outros grandes nomes do Jiu-Jitsu no Abu Dhabi World Pro 2021, que ocorre entre os dias 17 e 19 de novembro, nos Emirados Árabes. A atleta, que foi graduada  em setembro de 2019, já está com o psicológico blindado para alcançar seu primeiro título como faixa-preta no World Pro.

Em papo com GRACIEMAG, Anna falou sobre sua rotina de treinos às vésperas do evento, os diferenciais que leva consigo para os tatames do evento e relembra o momento mais marcante que vivenciou no solo de Abu Dhabi. Confira nas linhas abaixo!

GRACIEMAG: Na sua opinião, qual é a diferença mais marcante entre o World Pro e as demais competições do esporte?

ANNA RODRIGUES: Sem sombra de dúvidas, a organização é o fator que mais destoa dos demais torneios de Jiu-Jitsu. A forma que o evento é idealizado, estilizado e executado mostra que a federação não almeja apenas um campeonato de Jiu-Jitsu, mas sim um grande evento desportivo. Por conta dessa visão, o atleta se sente ainda mais valorizado e isso alimenta ainda mais o profissionalismo em cada competidor.

Qual foi o seu primeiro ano competindo em Abu Dhabi e qual é sua memória mais marcante do evento?

Minha primeira participação no World Pro foi em 2019, ainda como faixa-marrom. Lutei na divisão marrom e preta e, ao alcançar a final, tive a minha melhor memória. Eu tinha o costume de assistir esses eventos pela internet ou televisão, então sempre sonhei em alcançar a final em uma competição desse porte. Chegar naquele tatame para disputar a final e ouvir o locutor anunciar o meu nome fez com que eu me sentisse diferente, tive que lidar com uma mistura de emoções que ainda não consigo explicar. Foi uma experiência única e muito legal para mim.

Anna Rodrigues em ação. Foto: Ane Nunes/AJP

O World Pro tem como objetivo criar o ambiente mais competitivo do Jiu-Jitsu internacional. Quais são os seus pontos fortes no jogo para buscar o título este ano?

Me destaco na versatilidade, ou seja, consigo me adaptar e ficar confortável durante o confronto, seja por cima ou por baixo. Além disso, através de muito treino, consegui desenvolver uma boa resistência e disposição, fatores que irão me auxiliar no gerenciamento da minha energia durante os confrontos. Como os duelos do World Pro tem um tempo menor de duração, sinto que ambas as características serão essenciais para que eu alcance a almejada premiação do evento.

Quais foram as mudanças feitas na sua rotina de treinos para ingressar no World Pro?

Diferentemente de outros torneios, treinei pouco para o World Pro (risos). Além de estar em outra fase da minha vida, acredito que a quantidade de treinos irá me afetar muito pouco durante a disputa. Ao meu ver, o preparo mental faz mais diferença do que o físico, então pretendo chegar em Abu Dhabi com a cabeça forte e com minhas metas bem definidas, de forma a superar todos os obstáculos e conquistar meu primeiro título no World Pro.

Falando de Jiu-Jitsu no geral, como o esporte mudou a sua vida e por quais motivos você recomenda o Jiu-Jitsu para os mais jovens?

Acho difícil falar de uma forma resumida sobre as coisas boas que o Jiu-Jitsu me trouxe. São tantas coisas que uma entrevista não seria suficiente, precisaria de um documentário (risos). Ele muda a sua maneira de pensar e de agir, te incentiva a ser melhor em todos os aspectos e, como arte marcial, é bem viciante e fácil de se apaixonar. Por todos os seus benefícios, acho que todos deveriam praticar Jiu-Jitsu.

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