A disputa do Brasileiro de Jiu-Jitsu 2014 movimentou Barueri, em São Paulo, no último fim de semana. Na divisão dos médios, o mineiro Claudio “Caloquinha” Mattos conquistou o título ao vencer Diego Borges (Zenith), na decisão dos juízes, depois de empatarem sem pontos, em luta bastante travada.
Em conversa com GRACIEMAG, o exímio guardeiro da Gracie Barra falou da conquista, analisou a final contra Diego Borges e deixou algumas lições.
GRACIEMAG: Qual foi o saldo de mais esse Brasileiro de Jiu-Jitsu, Caloquinha?
CLAUDIO CALOQUINHA: Pude mostrar que estou mais completo, jogando bem por baixo e por cima, e até trocando melhor em pé. Acho que muita gente deve ter se surpreendido, pois sempre fui de fazer guarda e hoje estou mais confiante por cima também. Venci quatro lutas duríssimas para ser campeão.
Na final da categoria, você enfrentou o duro Diego Borges (Zenith). Você esperava que ele fosse chamar para a guarda?
Na verdade, não esperava que ele fosse puxar. Diego estava dando um giro muito forte por cima e finalizando seus adversários de forma avassaladora, mas ele puxou e fui capaz de me virar por cima e ser campeão. Foi uma luta muito amarrada e decidida no fim. Diego me colocou na guarda fechada e não consegui abrir, mesmo ficando em pé algumas vezes. No fim, quando a luta voltou em pé, tentamos trocar algumas quedas e eu puxei. Com isso, lacei a perna dele para tentar finalizar no leglock, mas não pegou. Acho que esse ataque decidiu a luta a meu favor. Diego é um cara que dispensa comentários, é jovem e muito explosivo. Foi um prazer lutar com ele.
Você passou por algum outro momento complicado no torneio da CBJJ?
Sim, quando aprendi a acreditar sempre no nosso Jiu-Jitsu, e que a luta só termina quando o juiz apita. Na minha segunda luta no peso, superei um 5 a 0. Virei o combate nos minutos finais, nos pontos.