Se você ainda acha que o Jiu-Jitsu é “apenas” uma luta, confira a história do jovem Gustavo, aluno do professor Anderson Caverna, da Gracie Barra Cosmópolis, nossa GMI em São Paulo.
Logo na primeira infância, Gustavo chamou a atenção dos professores no colégio, durante as atividades com crianças da mesma idade. Ele não se comunicava ou procurava por companhia, não permitia ser tocado, tinha dificuldades em ficar em ambientes barulhentos. Os anos foram passando e o autismo foi se revelando de forma cada vez mais clara. Gustavo estava fragilizado, ia triste para a escola e, quando voltava, tinha crises de choro.
O tratamento psiquiátrico, junto com as medicações, ajudou bastante, mas não foi capaz de amenizar todos os sintomas. Ao completar dez anos, Gustavo ainda não permitia o contato físico das pessoas, a ponto de sua mãe não conseguir abraçá-lo. Até que, durante uma consulta ao psiquiatra, o médico sugeriu a prática de uma luta de contato, como o Jiu-Jitsu.
Seus pais inicialmente acharam que a ideia não teria resultado. Gustavo disse ao seu pai: “Eu vou treinar se você for também”. E assim seguiram os dois, pai e filho, para a GB Cosmópolis, do professor Caverna, pupilo de Carlos Líberi. Seis meses depois, a irmã de Gustavo assistiu a algumas aulas e também resolveu vestir o kimono. Com a prática do Jiu-Jitsu, Gustavo começou a ter melhor coordenação motora e melhorou a autoestima. Chegou a participar de competições.
Claro, esse trabalho levou tempo e o apoio de seus pais e de seu professor, atuando em parceria com Associação Regional de Atividades Adaptadas, foi muito importante para tamanha evolução. Gustavo se sente acolhido na academia e incluso nas atividades do tatame.
“Depois de quase onze anos, conseguir abraçar meu filho é algo que não tem como explicar”, diz a mãe do jovem lutador.
E agora, nobre leitor, continua achando que a arte suave é “apenas” uma luta? Oss!