Como parte do legado dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, a Confederação Brasileira de Lutas Associadas (CBLA) adquiriu 50 kits para fortalecer a modalidade no país. O material foi adquirido por meio de convênio com o Ministério do Esporte e será distribuído por 20 estados. O total do convênio entre a CBLA e o Ministério do Esporte para essa compra de equipamentos da luta olímpica foi de 2,8 milhões de reais.
Os principais Centros de Treinamento do esporte receberam o kit completo, com tapete, boneco e “ossos” (espécie de boneco sem cabeça, apenas com pernas e braços, para treinamento). Na última sexta-feira, o Ministério do Esporte fez a entrega de parte dos equipamentos para o Nordeste, na abertura do Campeonato Pan-Americano Cadete de Luta Olímpica 2014, que será disputado até domingo no Círculo Militar do Recife, em Recife.
O Pan de Cadetes terá atletas até 17 anos, de nove estados do Brasil e 15 países das Américas, e valerá como seletiva para os Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim, na China, de 16 a 28 de agosto.
Quase um ano depois do início da entrega dos kits por todo o país, o superintendente da CBLA, Roberto Leitão, diz que aumentou, e muito, o número de praticantes da luta olímpica, principalmente entre os estudantes. “É mais uma opção de esporte. Quando o tapete chega, já provoca curiosidade – ‘O que é isso? O que se faz aí? Eu também quero!’ É um equipamento bonito, grande, macio. O pessoal nem sabe o que é e já quer praticar”, assinala o dirigente.
Os kits completos foram para os principais Centros de Treinamento da luta olímpica, como o Centro Nacional de Alto Rendimento, na Tijuca, no Rio; Centro de Treinamento Internacional no Cefan, na Penha, também no Rio; os CTs da Vila Olímpica de Manaus, no Amazonas, e de Pirituba, em São Paulo; e em estados como o Rio Grande do Norte, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pernambuco e Distrito Federal.
Ampliação e nivelamento de estrutura
De acordo com presidente da CBLA, Pedro Gama Filho, a promoção do esporte vai além de seu desenvolvimento por todo o país. “Com essa distribuição de materiais, estamos conseguindo um crescimento homogêneo. Como os tapetes são oficiais, as competições podem ser niveladas – antes, as disputas eram improvisadas em tatames de Jiu-Jitsu e judô. Agora, ganhamos em identidade da luta olímpica. E o atleta também ganha em auto-estima”, disse. “Já ganhamos muito para o legado da luta olímpica, com a distribuição dos kits no último ano. Agora, a próxima geração de atletas será ainda mais forte que esta, que já está se apresentando muito bem”.
Outros apoios do Ministério
Os atletas da luta olímpica dos estilos livre e greco-romano também contam com recursos de outros dois convênios do governo federal com a CBLA. O primeiro é de 2,2 milhões de reais, destinado a preparar a seleção brasileira para os Jogos Olímpicos de 2016 (o país terá no mínimo cinco atletas, pré-classificados na luta olímpica como cota de país-sede). Outro, de 386,7 mil reais, foi para modernizar e reequipar o Centro Nacional de Treinamento da seleção na Tijuca, no Rio. Somando cerca de 5,5 milhões no total, o apoio propicia estrutura para enfrentar os desafios dos próximos anos.
Além dos convênios, a luta olímpica tem 152 atletas integrantes do Programa Bolsa Atleta. Recentemente, Laís Nunes foi confirmada para a Bolsa Pódio, que contempla atletas entre os 20 melhores do mundo de seu esporte.