Colecionador de ouros em Brasileiros da CBJJ e campeão do ADCC, o meio-médio Demian Maia já começa a pensar na tática para fazer seu jogo de chão prevalecer no Maracanãzinho, no UFC Fight Night 62 marcado para 21 de março, contra o invicto Ryan LaFlare, 31 anos.
Envolvido na gravação do “TUF Brasil” nos EUA, onde faz parte da equipe de Mauricio Shogun, o faixa-preta paulista de 37 anos ainda não teve muito tempo para destrinchar juntamente com sua equipe as quatro vitórias do rival americano no UFC (quatro vitórias por decisão unânime, incluindo contra Santiago Ponzinibbio, em novembro de 2013 em Goiânia). Mas Demian sabe quais são as maiores qualidades do americano da equipe Blackzilians, como ele explicou ao GRACIEMAG em evento para jornalistas no Maracanã, nesta terça dia 10 de fevereiro, véspera da abertura para venda de ingressos.
“Eu sei que ele é bom de wrestling, é um cara grande e com ótimo gás, imagino que deve treinar bastante Jiu-Jitsu com o Belfort e o Durinho na Blackzilians, por isso não acho que ele vai evitar o chão a qualquer custo, não. Acho que ele vai tentar me botar para baixo, eventualmente, e sentir a luta, ir ganhando confiança aos poucos. Se ele se sentir em perigo, vai investir mais na trocação, onde ele também sempre fica confortável”, reflete Demian. “Vou voltar aos EUA para terminar as gravações do ‘TUF’ e pretendo afiar o Jiu-Jitsu com o Robert Drysdale, certamente ele vai ter uma novidade para encaixar no meu jogo. Estava na Califórnia e quase dei um treino com o Keenan Cornelius na academia do André Galvão, o que eu estava amarradão para fazer, mas o Keenan teve uma infecção no olho quando eu estava por lá e não rolou”.
A última finalização de Demian no UFC foi justamente no Rio de Janeiro, contra Rick Story, em 2012, mas os rivais andam cada vez mais escorregadios contra as chaves e estrangulamentos do brasileiro – de 2009 para cá, ele só finalizou Rick e Chael Sonnen. Para Demian Maia, a escrita não assusta:
“É algo normal, pois quando os rivais ficam no chão comigo eles normalmente não se expõem, ficam amarrando esperando acabar o round ou levantam rapidamente. O Jiu-Jitsu é uma arte muito eficiente, mas que requer um pouco de tempo para capturar o oponente que sabe lutar no chão, e cinco minutos muitas vezes não bastam. Mas vou treinar muito para corresponder aos fãs, o ombro está plenamente recuperado e entendo a importância de lutar nesse ginásio que viu lutas de tantos mestres do Jiu-Jitsu, como Carlson e Rickson Gracie”, justificou a fera.
UFC Rio 6
Maracanãzinho, Rio de Janeiro
21 de março de 2015
Demian Maia x Ryan La Flare
Gilbert Durinho x Josh Thomson
Erick Silva x Ben Saunders
Leonardo Santos x Matt Wiman
Leandro Buscapé x Drew Dobber
Leonardo Macarrão x Cain Carrizosa
Francisco Massaranduba x Akbarh Arreola
Godofredo Pepey x Andre Fili
Amanda Nunes x Shayna Baszler