Destaque no Pan, Kayron prepara novidades para o Mundial

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Kayron em foto de Alicia Anthony

Um dos lutadores mais comentados após o Pan de Jiu-Jitsu deste ano foi Kayron Gracie. O Filho de Carlos Gracie Jr. e Adriana Ribeiro Gracie bateu pedreiras como o campeão mundial Sérgio Moraes e Abmar Barbosa para ser campeão entre os médios na Califórnia. Agora o faixa-preta espera garantir o ouro no Mundial. Apesar de hoje ser seu aniversário, data em que completa 22 anos, Kayron conversou com o GRACIEMAG.com. Ele fala do início no Jiu-Jitsu e até da vontade de lutar MMA. Confira: 

O Pan foi sua estreia na faixa-preta. Esperava já ir tão bem?  

Esperava ir bem e acreditava em mim. Antes do campeonato, sabia que não estava de bobeira e nem pior que ninguém. Vinha treinando bastante e estava preparado. Me senti bem e deu tudo certo. Fiz uma estratégia e a segui. 

Depois desse resultado, muita gente deve estar te estudando. Vai aparecer com novidades no Mundial?  

Agora o pessoal vai ficar com mais atenção e tenho que mudar um pouco o jogo. Estou trabalhando isso aqui na Gracie Barra América e vem coisas novas no Mundial. Tento sempre mudar o jogo e fazer coisas diferentes para o pessoal não conseguir fazer o anti-jogo. Meu foco é todo no Mundial. Estou treinando muito e com vontade de conseguir esse título. 

A elástica guarda de Kayron contra Abmar Barbosa. Foto: Ivan Trindade

Qual o segredo dessa guarda enjoada de passar?! 

Na verdade tem muito instinto ali! Acho que o alongamento ajuda um pouco. 

Existe muita pressão por defender o nome da família nos dojôs? Como foi o envolvimento com o Jiu-Jitsu até decidir viver disso? 

Acho muito bom representar o nome da família e não teve coisa melhor que nascer no meio disso tudo. Comecei a competir com aproximadamente 7 anos, mas passei a realmente levar a sério, a treinar para caramba, entre 15 e 16 anos. Me dei conta e comecei a encarar o Jiu-Jitsu como profissão. 

 
 

Kayron comemora no Pan. Foto: Ivan Trindade

Além de competir, você dá aulas na academia. Até que ponto isso ajuda ou atrapalha?

Refina muito o jogo. A gente fica pensando em Jiu-Jitsu o dia inteiro. Pode atrapalhar um pouco o treinamento. Às vezes não é possível dar vários treinos, porque ficamos na obrigação da aula. Mas, mesmo assim, acaba que ficamos sempre no tatame. Sem essa obrigação, pode dar aquela preguiça de ir treinar. Dando aulas não tem essa e até valorizamos mais o tempo de treino. 

Como professor, você acompanha de perto a metodologia de ensino e gestão desenvolvida pelo seu pai, o Carlinhos, chamada Gracie Barra Escolas Premium. Quais valores esse método agrega às aulas?   

O resultado é muito bom. Os alunos adoram e está crescendo muito aqui nos Estados Unidos. É uma metodologia que balanceia o treino. Atende o aluno que quer competir e o que quer o Jiu-Jitsu apenas como atividade física. Antes se focava muito no competidor e o resto do pessoal ficava um pouco de fora. Esse estilo agrada a todos, desde o cara que quer apenas dar uma malhadinha e aprender a modalidade ao que quer ser competidor e professor. 

Você pretende algum dia lutar MMA, como fizeram muitos dos seus parentes? 

Agora estou 100% focado no Jiu-Jitsu, seja de kimono ou sem. Tenho planos para, mais à frente, lutar vale-tudo, sim. Mas, no momento, penso apenas no Jiu-Jitsu.

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