Não seria exagero comparar o trabalho de Marlon Sandro no Japão ao que José Aldo, o campeão do WEC, faz nos Estados Unidos. Além de serem companheiros de treino, são campeões na mesma categoria de peso, pena (66kg). Com cartel de 17 vitórias e apenas uma derrota – revés contestável no GP do Sengoku, contra Michihiro Omigawa -, Marlon acumula oito triunfos na Terra do Sol Nascente, os últimos três por nocaute. No combate mais recente, contra Masanori Kanehara, que valeu o cinturão do Sengoku, precisou de apenas 38 segundos para definir.
Uma das principais lições que Marlon ensina em matéria da NOCAUTE #90, em todas as bancas, é jamais desistir. Criado no Santo Amaro, comunidade carente na Glória, Rio de Janeiro, soube quebrar barreiras. O menino da favela, hoje com 33 anos, ganhou o mundo e é campeão em duas tradicionais organizações do MMA japonês. Além do Sengoku, o Pancrase.
“Ajudava meu pai na obra. Com 14 anos já trabalhava em obra, então sempre tive força. Agora tento lidar com essa força da maneira correta, conectando bem os golpes”, diz ele, explicando os seguidos nocautes.
Mas, afinal, o lutador é representante da arte suave, em que é faixa-preta, ou é um striker?
“Meu forte mesmo é o Jiu-Jitsu, mas melhorei muito a minha parte de wrestling, o muay thai e o boxe. O Jiu-Jitsu é uma arma forte que temos, mas, por mais que a gente coloque no chão, é preciso saber trocar também.”
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