Dream Art e a liderança no Brasileiro de Jiu-Jitsu

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Erich Munis e o duplo ouro conquistado para a Dream Art. Foto: Reprodução

Trazendo duelos acirrados para a Arena da Juventude, no bairro carioca de Deodoro, o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu 2021 recebeu grandes nomes e famosas equipes do esporte. Dentre os times, destaca-se a Dream Art, que obteve a liderança em pontos na categoria adulto masculino, e vice no adulto feminino (na qual a Alliance foi campeã). Isso tudo com uma fração dos atletas inscritos em comparação às gigantes GFTeam, Nova União, Gracie Barra e a ex-associada Alliance.

Idealizada por Isaque Bahiense, o projeto Dream Art já existe há alguns anos. Inicialmente, o time funcionava de forma semi-independente dentro da Alliance e buscava capacitar atletas e auxiliar na gestão de suas carreiras profissionais.

“O projeto era bem pequeno”, conta Gabriel Figueiró, headcoach da Dream Art. “Começou como uma ideia do Isaque para ajudar atletas, mas só tínhamos recursos para atender quatro praticantes. Com o passar do tempo, a iniciativa cresceu e começou a atrair mais pessoas, o que permitiu o crescimento do time e auxiliou no desenvolvimento de um estilo próprio. Mas a base da equipe sempre foi a mesma: ajudar os outros e a nós mesmos”

A separação da Alliance foi oficializada poucos dias antes do campeonato. Sobre estrear como equipe no maior campeonato nacional do Jiu-Jitsu, Gabriel conta que todos estavam cientes do desafio que o time enfrentaria.

“Sabíamos que a Dream Art estava em desvantagem. O Campeonato Brasileiro é um evento muito disputado e as outras equipes têm muito mais atletas do que nós. A única chance que teríamos seria usar a qualidade para sobrepor a quantidade, então pegamos firme nos treinos e o resultado está aí”.

Apesar da divisão, ainda há um certo elo entre a Dream Art e sua antiga matriz Alliance. Prova disto foram os casos de Isaque Bahiense abrindo para Dimitrius Souza e Marcus Ribeiro cedendo o título dos super pesados a Erich Munis.

“É inevitável. Não teve nada de ruim entre as equipes, muito pelo contrário, temos várias amizades entre nós, então é natural que os atletas se vejam um pouco relutantes de serem adversários no tatame competitivo. Já no Mundial é diferente, por conta do porte dessa competição, acho mais difícil esse tipo de coisa acontecer, independentemente da ligação entre as equipes.”

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