A equipe de GRACIEMAG conversou esta semana com Luccas Lira, o fenomenal faixa-marrom da Fight Sports que vem despontando nas divisões de base do Jiu-Jitsu competitivo e promete dar muito trabalho a faixas-pretas já consagrados, caso seja convidado para disputar a próxima edição do Abu Dhabi Combat Club, em Las Vegas. Confira a seguir como pensa o promissor aluno de Roberto Cyborg. Oss!
Você está entre os destaques da nova geração do Jiu-Jitsu competitivo, tanto com kimono, como também sem kimono. Quais são as dicas que você pode dar aos leitores da GRACIEMAG que também almejam “sair do bolo” e chamar a atenção do público nas grandes arenas?
Vejo muitos atletas lutando vários eventos e sendo campeões, porém, reparo que não saem do lugar. Isso acontece porque priorizam os campeonatos errados, creio. Qualquer atleta que quer se destacar deve se inscrever nas competições de maior prestígio da temporada. É assim que a fama de um verdadeiro campeão deve ser construída.
Quais foram os principais desafios que você teve que vencer ao longo da sua carreira no Jiu-Jitsu até o momento?
Com certeza o maior desafio foi ficar longe da família para viajar pra competir e também lidar com algumas lesões que me incomodaram por um tempo. Mas graças ao meu condicionamento físico e à fisioterapia consegui me recuperar bem.
Você gosta mais de competir com ou sem kimono?
Eu prefiro competir sem kimono, sinto que faz mais meu estilo de lutar. Isso foi algo natural que sempre tive, sempre me dei melhor sem kimono e isso me fez gostar mais. Mas também amo o kimono!
Qual foi a sua grande vitória como lutador e qual foi a sua derrota mais dura?
Graças a Deus tive ótimos resultados durante minha carreira. Já fui campeão mundial sem kimono peso e absoluto pela IBJJF, venci também no World Pro Abu Dhabi e recentemente tive uma excelente performance na seletiva do ADCC. Todos esses torneios têm um gosto especial, ser campeão mundial da IBJJF é pra poucos, ganhar World Pro traz uma sensação boa demais por conta da premiação em dólar e a seletiva do ADCC provavelmente vai me trazer o convite para o maior evento do planeta. Derrota acredito que todas, todas estão guardadas dentro de mim até hoje, elas fazem eu querer melhorar todo dia, então prefiro não esquecê-las.
Quem é o seu grande ídolo na carreira, aquela pessoa que serve como diretriz nas suas grandes decisões?
Meu professor e mentor Roberto Cyborg. Ele me incentiva todos os dias a sempre dar o meu melhor, ele confia em mim, sabe do meu potencial e sempre me ajuda nas minhas decisões profissionais. Tenho certeza que juntos vamos continuar fazendo muito sucesso.
Você provavelmente vai ser convidado para disputar a próxima edição do ADCC. Prevê algo especial para a sua preparação para esse evento?
Sim, estou vivendo essa expectativa em ser convidado para o evento principal do ADCC em setembro, em Las Vegas. Minha preparação será a melhor possível, darei meu melhor na minha parte física e treinarei muito ao lado dos meus companheiros na Fight Sports Club Miami. Temos grandes atletas lá que já estão confirmados no ADCC, então com certeza será o melhor treino do mundo e o resultado será o melhor possível.
O fato de você ainda ser faixa-marrom e disputar o ADCC contra faixas-pretas está a seu favor? Você acha que intimida os oponentes por conta disso? Entra como franco atirador?
Na minha cabeça o fato de eu ser faixa-marrom não muda em nada. Independente do meu oponente e de sua faixa eu sempre entro no combate buscando lutar para a frente e finalizar. Se isso faz diferença para meus adversários, eu não sei, mas eu entro com a cabeça boa sempre apenas buscando meu objetivo que é sair vitorioso.
Quais são as suas metas para o futuro, quando for faixa-preta?
Minhas metas para o futuro são voltar aos Estados Unidos como atleta profissional e representar minha equipe Fight Sports Club nos maiores eventos de Jiu-Jitsu e de grappling do planeta. Pretendo ganhar o Mundial peso e absoluto na faixa-marrom e ganhar o ADCC. Após esses dois eventos que acontecem este ano, talvez eu conquiste a faixa-preta das mãos do meu mestre e continue trilhando uma trajetória de sucesso, sendo campeão mundial na faixa-preta e a partir daí pretendo migrar para o MMA.
Qual é a frase motivacional que você gosta de repetir para você mesmo quando está passando por uma situação difícil?
Tudo na vida são fases, por mais longas que possam parecer tudo passa. E também gosto de lembrar que tudo posso naquele que me fortalece.