Ontem, o GRACIEMAG.com publicou entrevista com Hillary Williams, campeã no Mundial Sem Kimono do absoluto marrom/preta feminino e da categoria médio. Hillary afirmou que sua adversária na final do absoluto, Gabrielle Garcia (Alliance) havia parado a luta e reclamado de câimbras e citou ainda em sua defesa o artigo quinto das regras da IBJJF.
General da Alliance, Fabio Gurgel saiu em defesa de sua atleta. “Uma coisa é o atleta reclamar de câimbra outra bem diferente é o juiz induzi-lo ao erro”, disse o professor, por e-mail.
O GRACIEMAG.com foi ouvir a versão de Gabrielle Garcia, prata no absoluto e ouro na categoria peso pesado. Ela contesta a decisão da arbitragem, pois segundo ela não teria reclamado de câimbras. Confira:
O que aconteceu na final do absoluto na sua visão, Gabrielle?
Aconteceu que eu não pedi para a luta parar em nenhum momento. Estava sentindo câimbras desde a minha terceira luta do absoluto e o juiz me induziu a parar a luta. Meu braço estava muito para trás. Estava nítido que eu estava sentindo câimbra. E ele perguntou o que tinha acontecido com meu braço e eu falei que não havia acontecido nada, que era para continuar a luta. Aí ele insistiu querendo saber o que havia acontecido com meu braço. Eu falei: “Nada, não aconteceu nada!”. Aí ele perguntou, “você está com câimbras, né?”, foram essas as palavras dele. Aí eu disse “sim, estou com câimbra”. E ele parou a luta e levantou o braço dela. Eu fiquei chateada porque treinei muito, me dediquei muito, tenho que correr atrás de patrocinadores para qualquer competição nos Estados Unidos e não tomei uma vantagem no campeonato. Esse absoluto era para ser meu.
Estava muito preparada. E aí me tiraram esse sonho. Ao meu ver as pessoas não querem que eu ganhe o absoluto porque eu sou maior que as outras meninas e o Jiu-Jitsu foi feito para o menor ganhar do maior. Mas eu não tenho culpa, não é justo.
Não tenho nada contra a Hillary. Ela está chegando aí nas cabeças de todos os campeonatos, só que tudo que vem fácil vai fácil. Ela e o córner dela estavam pedindo para pararem minha luta. Isso não é uma atitude esportista, sendo que eu não estava pedindo para parar. Eles que começaram a gritar que eu não estava conseguindo mexer o meu braço. Ganhar desse jeito para mim não é válido. Mas não tenho nada contra ela. Espero lutar contra ela várias vezes ainda. Tenho certeza que num próximo campeonato a gente vai tirar a prova. Contra ela não tenho nada. Pelo contrário, a admiro muito.