Na reta final de 2021, atletas e fãs da arte suave se preparam para um dos maiores e mais importantes eventos do nosso esporte. O Abu Dhabi World Pro Jiu-Jitsu, Emirados Árabes Unidos, agendado entre os dias 14 e 19 de novembro, promete eletrizantes duelos a seus participantes.
Dentre os nomes mais aguardados para o evento, destaca-se Gutemberg Pereira, que saiu como o campeão dos superpesados na última edição e retorna neste ano para defender seu cinturão. Em papo com GRACIEMAG, Gutemberg falou sobre sua expectativa para o ADWPJJ 2021, a sensação de retornar ao torneio como campeão e os preparativos realizados para dar um show. Confira nas linhas abaixo!
GRACIEMAG: Mais um ano de World Pro e novamente teremos Gutemberg Pereira em ação na faixa-preta. Qual a sensação de lutar um torneio desse porte?
GUTEMBERG PEREIRA: Pra mim, o Abu Dhabi World Pro é nada menos do que o campeonato mais importante do ano. A forma com que eles valorizam o atleta, a estrutura do torneio e a postura da organização no geral é revigorante. Ter a oportunidade de retornar para os Emirados Árabes como campeão desse evento é muito satisfatório.
Como você avalia a estrutura de grande porte do ADWPJJ para a evolução do Jiu-Jitsu como um todo, criando um ambiente competitivo pros melhores do mundo se testarem uns contra os outros?
Ao meu ver, o World Pro é simplesmente o melhor que temos hoje em dia. Além do excelente trato com os competidores e a ótima estrutura, as regras do evento te obrigam a estar sempre ativo e buscando a luta. Juntando isso tudo ao fato de que a premiação chega em dinheiro para os atletas, só pode sair um show.
Voltando um pouco na história, qual foi seu primeiro ano no World Pro e quais suas lembranças dessa viagem?
Participei do evento pela primeira vez em 2016. Lutei bem nas seletivas, mas perdi na final e só consegui comparecer por conta do patrocínio do clube de futebol E. C. Vitória, o time do coração que me transformou em um sofredor nato (risos). Mesmo com todo o esforço feito, acabei perdendo para um russo no World Pro daquele ano, mas só de ter estado lá senti uma chama acender e voltei com tudo no ano seguinte para ser campeão.
Na última edição você voltou com o título após uma jornada duríssima no superpesado. Agora, você retorna com a responsabilidade de defender o cinturão. O que muda pra você nessa nova empreitada em Abu Dhabi?
Para mim, faz pouca diferença se estou disputando em um campeonato pequeno ou no World Pro. Se me inscrevi, pode ter certeza de que estou entrando para dar o meu melhor. Tive que fazer algumas adaptações no meu jogo por conta de lesões, mas não me deixei abalar e consegui me recuperar bem. Vou lutar como se fosse a minha primeira vez no World Pro, sem sentir o peso da responsabilidade de um campeão.
Falando sobre Jiu-Jitsu no geral, como que o esporte mudou a sua vida, como impactou na sua formação como pessoa e porquê outros jovens deveriam praticar Jiu-Jitsu também?
Sempre fui um jovem problemático, deixava a minha mãe louca (risos). O esporte foi muito importante na minha formação pois agregou o seus princípios à minha vida, então posso dizer que foi uma mudança da água para o vinho. Pelo que eu vi e vivi, acho que todas as pessoas, especialmente os jovens, deveriam pelo menos tentar uma aula de Jiu-Jitsu. Imagino que muitos, assim como foi comigo, iriam se apaixonar no primeiro treino.