Raphael Barbosa, brasileiro radicado em Dubai, é um dos principais faixas-pretas propagadores do Jiu-Jitsu nos Emirados Árabes. Praticante de Jiu-Jitsu desde novo e faixa-preta desde 2007, Raphael é o responsável pela metodologia da UFC Gym, no Oriente Médio, há mais de cinco anos. Ele só tem motivos para comemorar o crescimento do seu trabalho – não somente por conta dos resultados – mas pela evolução dos seus alunos.
Recentemente, o time liderado por Raphael e seu professores ficou na quarta colocação no AJP Festival, com um total de 151 academias em disputa. No master, a colocação do time foi no décimo sétimo lugar, mesmo com poucos competidores. Para Raphael, os resultados são apenas o início de algo grandioso para 2023.
“Fazendo uma análise dessa temporada, posso dizer que foi maravilhosa. A gente vem fazendo esse trabalho há seis anos. Nós fizemos algumas mudanças e podemos ver o crescimento da galera que desde a faixa-branca e laranja estão com a gente. Tive alunos em todas as competições conquistando o ouro esse ano. Os brancas também competiram nos festivais e conquistaram suas medalhas de ouro. Nós conseguimos no total 47 medalhas. Se compararmos com o Word Pro do ano passado, nós colocamos no geral 50 alunos e nesta edição que passou colamos 130 alunos. Praticamente, o número que colocamos no ano passado foi quase o número de medalhas que fizemos neste ano. Ficamos em quarto lugar no geral do Festival, sendo que haviam 151 academias. Alguns alunos, apesar da ausência da categoria master, lutaram de adulto no Festival e venceram. No master ficamos em décimo sétimo lugar, mas não tínhamos tantos alunos comparado aos primeiros dias no Festival e mesmo assim conseguimos um excelente resultado”, analisa o professor Raphael. Vale ressaltar que o time terá uma nova safra de atletas na faixa-roxa, isso abre a possibilidade de vencer em outros níveis de faixa nas competições.
Com trabalho a longo prazo, o que já vem gerando números expressivos, Raphael quer aumentar ainda mais o nível das escolas de Jiu-Jitsu da UFC Gym.
“Para a próxima temporada, planejo vir mais forte ainda e com um crescimento para o UFC não só nestas quatro academias que temos, mas para mais duas que estamos abrindo. Vamos vir maiores e mais fortes na próxima temporada. Meu plano é o meu time de professores, quero poder estar mais perto deles para trocarmos experiências e juntos traçarmos estratégias para o desenvolvimento da equipe. Planejo fazer intercâmbio entre as academias, tanto no adulto quanto no infantil. Logo seremos seis academias, então teremos treino duro para todos. Também quero fazer algumas competições dentro da próxima UFC. Já estou ansioso para a próxima temporada”, projeta Raphael, que também é formado em Educação Física pela Universidade da Cidade.
Raphael também planeja voltar a competir, mas vai focar primeiro na evolução dos seus alunos. Ele acredita que ser apenas professor ajudou a polir o progresso de aprendizado deles, aliado ao excelente trabalho de todos os outros professores da rede UFC Gym, que também são direcionados pelo faixa-preta.
“Eu estou com um time de professores de, no máximo, um ano de casa. Então muita coisa tem que ser trabalhada, alinhada e ter todo mundo pensando em um objetivo só. O que percebi foi que eu consegui captar detalhes que quando a gente está treinando, mesmo que com os alunos, a gente não consegue ver. Eu fiquei um pouco de fora dos treinos para ficar observando e dando suporte aos alunos. Eu observava as suas limitações e erros e depois passava um treino específico para cada um. Acho que foi uma lição que ficou para mim. Eu planejo voltar ao cenário de competição, foi uma experiência válida e interessante. Vamos ver”, diz Raphael.
O brasileiro, recentemente, formou mais dois alunos como faixas-pretas. O destaque vai para o romeno Marius Varlan, que é treinado por Raphael desde a faixa-roxa. Seus resultados expressivos foram duas medalhas de prata, conquistadas no World Pro e Ju Jitsu Championship, em Abu Dhabi.