Campeão peso-pena no último Brasileiro Sem Kimono, realizado nesse fim de semana no Rio, Herbert Burns teve uma campanha perfeita no Tijuca.
O irmão de Durinho sagrou-se bicampeão consecutivo da categoria, e finalizou os dois oponentes que teve. “Acho que estou conseguindo soltar bem o jogo, mostrar aquele Jiu-Jitsu que quem treina comigo já conhecia. Agora consegui por em prática no Brasileiro”, disse Herbert, em papo com o GRACIEMAG.com, comprovando que a cada torneio o ajuste aumenta, assim como a maturidade.
Burns disse que o principal foi ter conseguido impor seu jogo nas duas lutas.
“Na primeira, meu oponente atacou com uma queda bem na hora que eu puxei para a guarda. Ele então caiu na minha omoplata, troquei para o triângulo e finalizei da kimura de dentro do triângulo”, detalhou ele. “Já na final, o Richard Flood me puxou para a guarda e eu passei. Tentei montar, ele defendeu, fiquei na meia montada e dali mesmo ataquei a americana. Troquei para o armlock e depois para o triângulo, mas ele resistia. Eu então raspei com o triângulo encaixado e enfim finalizei”, relembrou.
Segundo Herbert, a versatilidade é seu caminho para finalizar com mais eficiência.
“Tenho um Jiu-Jitsu bem versátil, para frente. Dou queda, jogo por cima e por baixo, e sempre viso à finalização, que é a essência do Jiu-Jitsu. O importante é a movimentação contínua, pois ela abre espaços para a finalizar e também para pontuar. Para mim, movimentação é o principal na luta”, ensinou ele, que já mira outros compromissos.
“Fiz uma luta de MMA na Ásia no começo do ano, onde finalizei aos 27 segundos, no triângulo. Tenho treinado MMA todo dia com o Durinho, sob os olhares do professor Casquinha. Ou eu fecho outra luta ou vou encarar o Brasília Open de Jiu-Jitsu da CBJJ, e depois o Sul-Americano em Florianópolis”, contou ele, que só não foi ao Mundial Sem Kimono por estar tirando o visto. Mas, ano que vem ele estará por lá.