Garantido em Abu Dhabi, Braga Neto destaca coração e jogo indefinido

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Braga Neto comemora após vencer Igor Silva, na final da categoria +92kg. Foto: Flashsport/Divulgação

No último fim semana, foi realizada em Niterói mais uma seletiva do WPJJC, para eleger os craques que vão a Abu Dhabi com tudo pago. Além de Rodolfo Vieira (até 92kg) e Gabi Garcia (acima de 63kg), que tiveram um caminho relativamente fácil, o grande destaque do torneio realizado no Caio Martins foi Antonio Braga Neto, manauara da escola Gordo Jiu-Jitsu.

Após ser quarto lugar no acirrado GP dos Pesados da Copa Pódio, Braga Neto aproveitou o embalo e foi campeão da categoria acima de 92kg, onde venceu combates complicados sem levar sufoco.

Para o faixa-preta isso ocorre muito porque os oponentes não conseguem decifrar seu jogo, o que paralisa a tática inimiga.

“Nem eu mesmo sei o que vou fazer antes da luta. O que eu quero é finalizar”, diz Neto, que bateu um papo com o GRACIEMAG.com. Confira!

GRACIEMAG: Você venceu caras como Ricardo Evangelista e Igor Silva. Qual foi seu diferencial para vencer em Niterói?

BRAGA NETO: Para mim, a vontade foi o diferencial. Eu queria muito ser campeão, e precisava disso para mim mesmo. Hoje eu tenho uma confiança muito grande no meu jogo, que é um jogo indefinido. Nem eu mesmo sei o que vou fazer exatamente na luta. O que eu quero é finalizar, não importa como. Acho que isso faz parte, tento impor meu jogo e o pessoal acaba se perdendo um pouco. O que mais me deixou feliz foi meu jogo de guarda. Em pouquíssimos momentos me senti desconfortável, mesmo com a galera mais forte por cima.

Na sua visão, como foi a final com o Igor?

Foi uma luta duríssima. Quando eu raspei, caímos na 50/50 e a luta ficou um pouco travada. Mas foi embola até o final, a luta foi bem legal. Aprendi a grande lição de acreditar sempre, ter perseverança e coração é algo fundamental para um lutador.

Como foram os treinos para a seletiva?

Na verdade eu comecei meus treinos muito antes de retomar os treinos de Jiu-Jitsu, pois tive de fazer a reabilitação no joelho e não foi fácil. Foram sete meses de fisioterapia, onde tive todas as condições de me recuperar totalmente após a cirurgia de ligamento cruzado no joelho. Agora voltei com a perna boa.

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