Vice-campeão mundial e campeão brasileiro de Jiu-Jitsu na faixa-preta, João Gabriel Rocha, 21 anos, tem um sparring e tanto para afiar suas quedas. Dentro de casa.
Pedro Rocha, 19 anos, seu irmão, também é lutador e um colecionador de títulos – só que que na luta olímpica, modalidade em que já é pentacampeão brasileiro.
Segundo o maior incentivador das feras, Adilson Rocha, a receita do sucesso de ambos é simples, e foi dada desde cedo, como o paizão coruja disse recentemente no programa “Sensei Sportv”:
“Eu disse a eles: vocês têm de treinar oito horas por dia, com duas horas de almoço. Vocês não têm carteira assinada mas devem cumprir o expediente administrativo como se estivessem em uma empresa, e o primeiro mandamento é a disciplina”, ensina Adilson.
Pedro, que iniciou no Jiu-Jitsu com o irmão, conta por que seguiu um caminho um pouco diferente.
“Meu maior sonho nunca foi ser campeão mundial na faixa-preta quando eu era pequeno. Sempre admirei mais o judô, por ser esporte olímpico, e sonhava em disputar uma Olímpiada. Meu maior sonho hojé é participar dos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio. Durmo e acordo pensando nisso”, diz.
Os irmãos, claro, trocam informações para se qualificarem cada vez mais.
“Como no Jiu-Jitsu a queda vale dois pontos, o Pedro me dá ótimos toques no wrestling. Tanto o judô como o wrestling me ajudam muito na competição. Se eu derrubar, já começo na frente na luta, e o cara tem de correr atrás no placar”, lembra o faixa-preta da Soul Fighters. “E para ele também é bom, porque o wrestling é 90% em pé mas tem a parte de solo, e ali o gingado do quadril no Jiu-Jitsu ajuda”.