O faixa-preta Osvaldo “Queixinho” Moizinho (Caio Terra) venceu o pesoleve e ainda fechou o absoluto com os companheiros Diogo Araújo (SoulFighters) e Samir Chantre no Las Vegas Open de Jiu-Jitsu, no último sábado. Queixinho voou da Califórnia para vencer quatro lutas no deserto de Nevada, nos EUA.
No leve, primeiro Osvaldo passou por AJ Agazarm, na semifinal, edepois fez combate disputado contra Philipe Della Monica, da Gracie Barra, para fisgar o ouro nos leves. O que ele aprendeu com a conquista? GRACIEMAG foi descobrir.
GRACIEMAG: Qual foi o saldo do fim de semana em Las Vegas, Queixinho?
OSVALDO QUEIXINHO: Fiz quatro lutas no total entre o peso e o aberto,todas duríssimas por sinal. Venho tentando melhorar em todos os aspectos a cada campeonato. O Caio Terra está ajudando a refinar o meu Jiu-Jitsu, também dei uma intensificada na parte física. Sem dúvidas eu fui mais estratégico no Las Vegas Open. Na categoria, eu já conhecia muito bem meus adversários e por isso fiz bastante treino específico para surpreendê-los e deu certo. É como eu digo aos alunos: “Só perde e ganha quem luta!”.
Na semifinal do leve, você encarou o AJ Agazarm e venceu por duasvantagens. Como você lidou com o bom wrestling dele?
Treinei judô por anos e ainda tenho uma boa base, isso me ajudoucontra o AJ. Impus meu jogo e anulei totalmente o dele, troquei em pée puxei. Por baixo, trabalhei forte as raspagens. Porém, só consegui uma vantagem. Perto do fim da luta, ainda peguei o braço dele na omoplata e garanti outra vantagem. Para encaixar, mantive uma pegada na manga e outra na gola. Assim, quando o adversário tenta passar com os dois joelhos no chão, ele acaba abrindo brecha para você capturar o braço na omoplata.
E como foi a final contra o Philipe Della Monica, o Furão?
Ele me puxou logo e ajeitou bem as pegadas até que conseguiu meraspar. Por baixo, fiquei a maior parte do tempo atacando e no fim fiz a guarda De La Riva girando no pé para tentar finalizar. Para defender o pé, ele cedeu a raspagem. Venci na decisão do juiz, depois de empatar em 2 a 2 nos pontos. Quando o Philipe me raspou foi um momento ruim, mas eu fiquei com o pensamento fixo em raspar de volta e consegui. Com ele é sempre luta dura, já lutamos algumas vezes e sempre é nos detalhes.
Você mostrou boa desenvoltura na hora das raspagens. Qual a dica para o praticante que está querendo afiar as alavancas?
Tudo depende do modo que você costuma usar a raspagem. Treino muito aguarda usando as lapelas do oponente, e a partir daí encaixo asposições em várias situações. Raspagem de guarda-aranha, De La Riva,entre outras. O lance é quebrar a postura do adversário, e encontrar o ponto certo da posição com as repetições.Trabalho também muito o fortalecimento do meu quadril e a lombar. Isso ajuda a ficar bem equilibrado por cima, depois que aplico as raspagens.
Como foi decidido o fechamento do absoluto, com o Diogo?
Fiz duas lutas no absoluto até chegar à final com o Diogo “Moreno”Araújo e o Samir Chantre. O Moreno é meu amigo há tempos e veio passar uma temporada com a gente em San José, na Califórnia. E como ele vai voltar ao Brasil em algumas semanas, decidimos que o título seria dele.